Cooperação de gás entre China e Turcomenistão

No sábado, Xi Jinping, presidente da China, se reuniu com Gurbanguly Berdymukhamedov, presidente do Turcomenistão, que estava em Pequim para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.

Xi foi o primeiro a elogiar as relações entre a China e o Turcomenistão. Independentemente da situação internacional, ele afirmou que o Turcomenistão sempre poderá confiar na China. Dessa forma, a China está ansiosa para trabalhar com o país para melhorar a colaboração entre os dois.

O presidente chines enfatizou que a cooperação estratégica de gás natural promoveu o desenvolvimento econômico e social de ambos os países. A China está pronta para trabalhar com o Turcomenistão em um planejamento a longo prazo, explorando novas oportunidades e levando a cooperação do gás natural a um novo patamar.

Segundo Xi, os dois países devem acelerar o estabelecimento de um vínculo entre a Iniciativa Cinturão e Rota da China. Além disso, há a estratégia de desenvolvimento do Turcomenistão para revitalizar a Grande Rota da Seda.

Ele também afirmou que a China está pronta para agilizar a construção de uma “Luban Workshop” como parte de seus esforços para ajudar o país da Ásia Central na formação de profissionais altamente qualificados.

Com relação à pandemia da Covid-19, Xi afirmou que a China está disposta a fortalecer a contribuição de vacinas com o Turcomenistão.

Berdymukhamedov elogiou a grande cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno em Pequim. Além disso, o presidente turcomeno disse que os dois países são “os amigos e parceiros mais confiáveis”.

Redução do mercado de gás europeu

Os baixos estoques, as entregas reduzidas da Gazprom (empresa de energia da Rússia) e o aumento das tensões geopolíticas nos últimos meses afetaram o já restrito mercado de gás europeu e levaram a uma nova busca de suprimentos. A Gazprom tem sido a maior fornecedora de gás do continente, atendendo aproximadamente um terço da demanda de gás.

Na Europa, é possível observar uma queda no gás, principalmente na Holanda e no Reino Unido, onde a produção diária caiu mais de 40% entre 2016 e 2021. A região tem uma capacidade limitada para aumentar a oferta doméstica de gás. Devido à participação de mercado da Gazprom, os mercados europeus continuarão dependendo dos suprimentos russos a curto prazo. Porém, as atuais tensões sobre as entregas de gás podem causar mudanças a médio e longo prazo no mercado europeu, incluindo a formação de uma base de fornecedores mais diversificada. 

Embora a União Europeia esteja discutindo se o gás natural deve ser reconhecido como combustível “ponte”, a crise atual pode acelerar a transição energética e, a longo prazo, poderá reduzir a dependência de gás na região.