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Commodities: O presente e o futuro do petróleo

Uma das commodities mais importantes no mercado, o petróleo, continua ficando mais barata, já que a demanda está diminuindo, enquanto a oferta ainda é alta. Os preços do petróleo caíram na quarta-feira porque os estoques americanos de petróleo bruto aumentaram. As negociações comerciais entre EUA e China ainda estão longe de terminar.

Os preços atuais estão no ponto mais baixo há quase cinco meses, a $51,14 por barril para o West Texas Intermediate, o que significa que está 4% mais baixo. Considerado uma referência mundial, o petróleo Brent caiu 3,7%, para $59,97. O preço do petróleo Brent caiu 20% desde abril. O WTI está mais barato em cerca de 17% em comparação com o último mês.

Existem várias razões para a instabilidade do petróleo. Uma das maiores preocupações é o aumento dos estoques norte-americanos, que subiram para 2,2 milhões de barris na semana passada, segundo a Administração de Informações sobre Energia dos EUA. Não é uma situação comum. Durante essa época do ano, os estoques de petróleo bruto dos EUA diminuem, o que não aconteceu desta vez. Além disso, um fato interessante é que agora os estoques de todo o petróleo estão no ponto mais alto desde outubro de 2017. 

Mark Maclean, diretor administrativo da Commodities Trading Corp, acredita que há grandes expectativas para 2019. Ele menciona dois fatores pelos quais acredita que os preços não corresponderão às expectativas. O primeiro é que a economia da China não está aumentando com a rapidez esperada. O segundo é que não se espera que o mercado da UE impulsione a demanda, assim como o dos EUA.

A Agência Internacional de Energia estima que o consumo de petróleo aumentará para 1,3 milhão de barris por dia. No entanto, os bancos dos EUA, como o Morgan Stanley e o JPMorgan Chase, são menos otimistas. O Morgan Stanley espera um consumo diário de 1 milhão de barris por dia e o JPMorgan Chase prevê ainda menos: 800.000 barris por dia.

Políticas e Commodities

A atual guerra comercial entre os EUA e a China é outro fator importante, pois as tarifas impostas sobre os produtos chineses estão afetando negativamente os preços do petróleo. Embora o governo chinês tenha tentado recuperar a economia local, não foi o suficiente para resolver os problemas. Os mercados de petróleo não responderam às medidas tomadas pelas autoridades chinesas.

A divergência entre os países membros da OPEP ainda não acabou. A Arábia Saudita está interessada na ideia de cortar a produção, enquanto a Rússia tem uma abordagem diferente e está relutante em reduzir a produção, já que o CEO da empresa estatal Rosneft acredita que, fazendo isso, a participação de mercado dos EUA poderá aumentar. A Arábia Saudita e outras nações produtoras de petróleo enfrentam este grave problema enquanto o preço do petróleo Brent é inferior a $60 por barril, o que é necessário para equilibrar os orçamentos nacionais dos estados produtores de petróleo.

A combinação de todos os fatores está reduzindo os preços e a estabilidade dos preços do petróleo depende, em grande parte, do rumo que as negociações comerciais e a economia mundial tomarão nas próximas semanas.

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