Arábia Saudita e EAU podem reduzir volatilidade do petróleo

 

Na sexta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) fez um comunicado. A instituição, com sede em Paris, disse que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) podem acalmar os mercados voláteis de petróleo através de bombeamento. Os EAU e a Arábia Saudita são os dois produtores de petróleo com  maior capacidade de produção não utilizada,  em comparação a alguns países com esgotamento da commodity. 

Cabe frisar que a queda nos estoques é um dos fatores que impulsionam os preços para US$100 por barril e aumentam a inflação global.

A AIE disse que esses riscos, que têm grandes implicações econômicas em seu relatório mensal de petróleo, podem ser reduzidos se os produtores do Oriente Médio com capacidade disponível compensar aqueles que não a possuem. Segundo a AIE, o excesso de capacidade pode cair para 2,5 milhões de barris por dia (bpd) até o final do ano, com a Arábia Saudita tendo a maior queda e, em menor escala, os EAU.

Ainda de acordo com a AIE, um bom resultado das negociações internacionais com o Irã poderá suspender as sanções dos EUA às exportações do país. Fora que o aperto no fornecimento poderá ser reduzido, trazendo gradualmente 1,3 milhão de bpd de petróleo iraniano de volta ao mercado. A necessidade de reabastecer os estoques de petróleo esgotados, que caíram para mínimas de sete anos nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sugere que um aumento na oferta é improvável.

Segundo David Roche, presidente e estrategista global da Independent Strategy, no caso de uma invasão russa à Ucrânia, o petróleo poderá chegar a US$120 por barril. A Energy Information Administration previu que a produção de petróleo bruto dos EUA aumentaria para 12 milhões de bpd este ano e 12,6 milhões (recorde) em 2023. Daniel Yergin, vice-presidente da IHS Markit, previu um aumento de 900.000 bpd dos EUA este ano.