A Ásia se tornará o mercado padrão para o petróleo russo

 

A Ásia se tornará o mercado padrão para o petróleo russo, já que o governo busca clientes para suas exportações de commodities.

Os preços do petróleo subiram acentuadamente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no final de fevereiro. Assim, pressionando os principais consumidores de petróleo da Ásia, como China e a Índia. Além disso, a Rússia tem o apelo do menor custo do petróleo e tanto Pequim, como Nova Délhi têm fortes relações com Moscou.

O ocidente retaliou financeiramente Moscou pela invasão na Ucrânia após os Estados Unidos boicotarem o petróleo russo. Com isso, o Reino Unido planeja fazer o mesmo e a União Europeia considera medidas semelhantes. Agora, os russos têm petróleo extra e a situação deve piorar. A Rússia, membro da coligação OPEP + (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, em português) é o segundo maior exportador de petróleo bruto do mundo depois da Arábia Saudita.

A Agência Internacional de Energia (IAE, sigla em inglês) informou que o petróleo russo foi vendido com descontos recordes no início deste mês. Dessa forma, algumas empresas ofereceram descontos de US$ 30 e US$ 25 por barril dos Urais. De acordo com especialistas do setor, desde o começo do conflito na Ucrânia no início de março, houve um aumento substancial no suprimento de petróleo russo para a Índia. Assim, Nova Délhi também parece disposta a comprar petróleo ainda mais barato de Moscou.

Volatilidade do petróleo

Segundo o presidente do Banco Mundial, David Malpass, os produtores de petróleo do Golfo podem desempenhar um papel crucial na redução da volatilidade dos preços de petróleo e gás nos próximos meses.

Assim, vários países consumidores pediram à OPEP+ para aumentar a oferta mais rapidamente, já que os preços do petróleo subiram para seu nível mais alto desde 2008, mais de US$ 139 por barril este mês.

No entanto, a maior parte da capacidade disponível do grupo OPEP+ é detida pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos.