Sanções fazem preço das criptomoedas aumentar

As sanções impostas contra a Rússia aumentaram o preço das criptomoedas. Segundo dados do CryptoCompare, quando a Ucrânia foi invadida na última quinta-feira, a negociação de Bitcoin (BTC) no rublo russo entrou em ação, com volumes diários aumentando 260% em relação ao dia anterior, chegando a 1,3 bilhão de rublos (£9,2 milhões, US$ 13,5 milhões).

No momento, a criptomoeda vale US$44.100 (£ 33.100) após subir quase 20% na terça-feira, seu maior ganho diário desde fevereiro de 2021.

Alguns analistas preveem que o preço do BTC chegará a US$50.000 até o final deste mês. Vale ressaltar que esse aumento ocorrerá devido ao crescimento das tensões geopolíticas e à ampliação do investimento institucional.

O BTC estava sendo negociado juntamente com os ativos de risco há apenas alguns dias. Porém, no momento, a moeda é o ativo que os russos e ucranianos dependem para resgatar os seus fundos do sistema tradicional.

A capacidade de negociar o valor em BTC também permite que os oligarcas russos evitem as sanções ocidentais. Além disso, tal habilidade também pode ajudar empresas russas e até o Banco Central do país na movimentação de fundos, pois essas instituições não têm mais acesso a dólares americanos. Fora que a maioria dos bancos russos não são mais membros do sistema SWIFT.

No momento, o rublo russo está sendo negociado a 107 por dólar. A Bolsa de Moscou está fechada pelo terceiro dia consecutivo, devido a receios de um colapso no mercado, já que as sanções ocidentais estão causando problemas na economia russa.

O Reino Unido, a União Europeia, os EUA e o Canadá têm como alvo os US$640 bilhões da Rússia (£478 bilhões) em reservas em moeda internacional. Segundo os analistas, as criptomoedas podem servir como um meio alternativo de câmbio para o dólar, contornando assim, os sistemas bancários.