Sanções afetam negativamente a economia da Rússia

 

Devido às inúmeras sanções econômicas aplicadas à Rússia, o país está tentando evitar uma provável crise financeira. Após o rublo ter caído para uma baixa recorde em relação ao dólar americano, o Banco Central da Rússia (CBR, sigla em inglês) dobrou as taxas de juros para 20% e fechou a Bolsa de Valores de Moscou. Além disso, a filial europeia do maior banco da Rússia ficou à beira do colapso. Sendo assim, inúmeras pessoas decidiram retirar às pressas seus depósitos do banco.

Dessa forma, economistas alertaram que a economia do país pode perder 5%. O rublo perdeu 20% (anteriormente havia caído 40%) de seu valor e foi negociado a US$100. O início das negociações na Bolsa de Valores Russa foi adiado e depois anulado. A recente onda de sanções ocorreu quando os EUA, a União Europeia, o Reino Unido e o Canadá anunciaram que estavam excluindo alguns bancos russos do sistema financeiro SWIFT. 

No fim de semana, o enrijecimento das sanções ocidentais deixou os bancos russos à beira da crise. O governo de Putin passou os últimos oito anos se preparando para as rígidas sanções da Rússia. Vale ressaltar que para essa preparação, foram criados US$630 bilhões em reservas internacionais, incluindo moedas e ouro, embora parte dessa ajuda financeira esteja paralisada no momento.

Rússia e o colapso financeiro

Os EUA também proibiram que o CBR realizasse transações utilizando dólares americanos. De acordo com Liam Peach, da Capital Economics, cerca de 40% das reservas da Rússia não estão limitadas à Moscou. 

Devido à situação atual, o CBR decidiu não abrir uma agência de bolsa de valores, uma divisão de mercado de derivativos ou uma seção de mercado de derivativos na Bolsa de Valores de Moscou. Cabe frisar que a Rússia é um dos principais exportadores de petróleo e gás. Porém, muitos outros setores de sua economia dependem de importações. Sendo assim, a compra de rublo se tornará mais cara (devido ao seu declínio), elevando assim, a inflação. A punição aos principais bancos e a exclusão de alguns deles do sistema SWIFT, também complicará as exportações.