Possível acordo comercial não seria impactante
De acordo com especialistas, o acordo cambial entre os EUA e a China não seria tão impactante como o mercado espera.
Entretanto, se um acordo for fechado, o Tesouro dos EUA poderia relacionar a declaração de Pequim como “manipuladora de câmbio.”
Em agosto, o departamento de Tesouro acusou a China de desvalorizar deliberadamente o yuan para ganhar “vantagem competitiva desleal.”
Embora os detalhes sobre a estrutura do acordo sejam escassos, os mercados esperam que sejam incluídas promessas para evitar a desvalorização.
O que os especialistas estão apontando é que esse acordo resolveria poucas questões sobre o conflito comercial mais amplo entre os dois.
O conflito comercial entre as duas superpotências econômicas envolve mais do que apenas as duas moedas. Como resultado, o estreito acordo que o mercado espera mudaria a dinâmica geral entre o dólar e o yuan.
Um acordo poderia, entretanto, incluir o cancelamento de um aumento das tarifas para as importações chinesas em Washington.
Os possíveis benefícios do acordo cambial
Ainda assim, o ajuste trará benefícios para ambos os lados. Por extensão, beneficiará também o ambiente econômico mundial.
De acordo com Eswar Prasad, ex-chefe do FMI, poderia diminuir as tensões, embora temporariamente.
Essa redução poderia facilitar a estabilização do sentimento do mercado, que por sua vez poderia beneficiar ambas as economias.
Isto dará também aos EUA uma garantia de que a China não desvalorizaria o yuan para prejudicar suas tarifas. A China, por outro lado, veria saídas mais baixas de capital.
Além disso, a retirada da declaração de manipulador de Washington é o foco principal. O Departamento de Tesouro terá que tratar sobre a retirada em seu relatório semianual sobre o câmbio na próxima semana.
A razão por trás disso está em uma designação sob uma lei de 1988. Esta lei exige que o Tesouro negocie com o país infrator para corrigir a situação.
Anteriormente, o FMI discordava da declaração do Tesouro dos EUA. Argumentou que o valor do yuan, que caiu abaixo do nível 7, refletindo os fundamentos vagos da China.
