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O YouTube e os golpes de Bitcoin

No início de agosto, dezenas de milhares de espectadores clicaram inconscientemente em vídeos oficiais da SpaceX ao vivo. Estas foram postagens de canais aparentemente legítimos do YouTube com centenas de milhares de inscritos. Em vez disso, encontraram mensagens de “oferta de Bitcoin” solicitando a enviar Bitcoin para depois receber o dobro – uma tática de golpe comum.

Os hackers comprometeram vários canais de alto perfil do YouTube. Eles mudaram seus nomes para temas polêmicos como SpaceX ou Elon Musk e promoveram golpes de Bitcoin.

Quando um vlogger de criptomoedas apresenta um vídeo de streaming educacional, corre o risco de ser bloqueado por “conteúdo prejudicial”, o qual já aconteceu várias vezes este ano.

De acordo com o YouTube, a segurança dos criadores, espectadores e parceiros é a maior prioridade do canal. A política esclarece: “O YouTube não permite spam, fraudes ou outras práticas enganosas para se aproveitar da comunidade do YouTube. Também não permitimos conteúdo onde o objetivo principal é enganar os outros para que deixem o YouTube para acessar outro site.”

Para além disso, parece que um dos serviços centralizados mais eficazes está falhando em cumprir os padrões, visto que recomendou aos seus usuários terem um olhar cuidadoso.

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YouTube engana seus usuários

Lucrezia Cornèr, editora-chefe do Cointelegraph, afirmou que a maior plataforma de vídeos do nosso tempo permite promover golpes descaradamente, o qual é bastante injusto.

É triste que uma das empresas de tecnologia mais proeminentes do mundo coloque livremente em risco sua base de usuários de 2 bilhões ao promover golpistas e pessoas desleais, disse Cornèr. Apesar da prosperidade do YouTube, a plataforma não se preocupou em implementar um processo justo de verificação de golpes para sua equipe de vendas. É pouco profissional para uma organização tão influente não ter políticas claras sobre publicidade, deveria haver diretrizes claras sobre o conteúdo publicitário considerado elegível para monetização.

O trabalho da mídia é checar duas vezes tudo o que apresentam para o mundo. Aliás, eles deveriam usar fontes confiáveis e aplicar ferramentas de verificação de golpes quando necessário. As parcerias e as vendas deveriam ter a mesma abordagem.

Cornèr afirma que, como usuário, não vê diferença entre conteúdo nocivo e anúncios de golpes irritantes colocados em vídeos. Brinca com a confiança dos usuários. Na verdade, coloca seu bem-estar material em risco. E, quando não é prejudicial, é francamente ofensivo ao assumir uma falta de bom senso em seu público.

Embora a comunidade do YouTube cumpra as regras, ou seja, punida por não cumpri-las, ela dá a si mesma um passe livre quando não segue sua política. Isso levanta uma grande questão quanto ao seu valor para a comunidade.



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