Nova IA da Meta está disponível online
Os laboratórios de pesquisa em Inteligência Artificial (IA) da Meta criaram um novo chatbot de alta tecnologia e estão permitindo que o público interaja com ele para coletar informações sobre suas capacidades.
O BlenderBot 3 é um bot baseado na Web que pode ser acessado e de acordo com Meta, pode se envolver em conversas comuns e responder perguntas. Na realidade, esse bot pode responder a coisas como “discutir receitas de alimentos saudáveis”.
Vale ressaltar que o bot é um protótipo baseado no trabalho anterior da Meta com grandes modelos de linguagem, ou LLMS, um software de geração de texto poderoso, mas problemático, sendo o exemplo mais conhecido o GPT-3 da OpenAI.
No entanto, o BlenderBot, como todos os LLMs, é treinado em conjuntos de dados maciços de texto, que ele minera com padrões estatísticos para sintetizar a linguagem.
Assim, tais programas têm se mostrado incrivelmente adaptáveis, com aplicações que vão desde a produção de código para programadores até ajudar escritores a publicar seu próximo best-seller. Esses modelos, no entanto, têm falhas graves, pois incluem vieses em seus dados de treinamento e frequentemente criam respostas às perguntas dos usuários.
Dessa maneira, a Meta está focando em testar este último problema com BlenderBot. Logo, um elemento-chave do chatbot é sua capacidade de pesquisar na internet por tópicos específicos para discutir e citar fontes.
Feedback para Meta
A Meta espera coletar feedback sobre as diferentes questões que os grandes modelos de idioma enfrentam, disponibilizando o chatbot para um público mais amplo. Dessa forma, os usuários que interagem com o BlenderBot podem sinalizar quaisquer respostas questionáveis do sistema.
Além disso, a Meta afirma que trabalhou duro para minimizar o uso dos bots de linguagem suja, insultos e comentários culturalmente insensíveis.
No entanto, historicamente, lançar protótipos de chatbots de IA para o público se mostrou arriscado para as empresas de TI.
Vale lembrar que a Microsoft lançou o Tay, um chatbot para o Twitter, que aprendeu com suas interações com o público, em 2016. Contudo, os usuários do Twitter rapidamente ensinaram Tay a repetir comentários racistas, antissemitas e misóginos.
Assim, o objetivo final é criar um sistema que possa ter conversas livres e naturais como um humano. Logo, a Meta afirma que a única maneira de conseguir é permitindo que os bots tenham diálogos com humanos.