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Mercado de ações enfrenta ventos contrários 

Rally do mercado de ações asiático navega nas tensões do Oriente Médio. Nikkei enfrenta retrocesso significativo.

No início da semana, a maioria das ações asiáticas registraram um recuo impulsionado pelas preocupações contínuas em torno do conflito Israel-Hamas. Entre eles, o índice Nikkei do Japão sofreu o impacto mais significativo em meio à maior apreensão em relação aos dados cruciais da inflação desta semana.

Flutuação em meio ao conflito no Oriente Médio

O desconforto nos mercados financeiros persiste, enraizado no medo da escalada do conflito Israel-Hamas. Além disso, envolve potencialmente a região mais ampla do Oriente Médio. Vale ressaltar que os preparativos de Israel para um ataque terrestre à Faixa de Gaza ampliaram ainda mais a apreensão. 

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, tentou acalmar os nervos, tentando afirmar que os estados árabes estavam empenhados em evitar qualquer repercussão da guerra.

Para além da incerteza prevalecente, o apetite pelo risco enfrentou uma nova onda de pressão resultante das preocupações de um aumento nas taxas de juros nos EUA. Esta questão surgiu após a revelação, na semana passada, de um valor de inflação mais forte do que o previsto.

Nikkei enfrenta liquidação

O Nikkei 225 do Japão registrou uma liquidação pronunciada com uma queda de 1,9%. Nesta recessão, o setor da tecnologia suportou o peso da pressão de venda. A semana anterior testemunhou um aumento robusto, em grande parte atribuído às expectativas de um Banco do Japão pacífico e à força relativa das empresas japonesas. 

No entanto, a atual diminuição do apetite pelo risco levou os investidores a garantir os seus lucros recentes, com o setor tecnológico testemunhando o recuo mais substancial. Além disso, esta tendência foi alimentada por preocupações relativas ao aumento das taxas de juros nos EUA.

Com esse cenário, os investidores também adotaram uma posição cautelosa em relação ao Japão, em antecipação aos dados cruciais da inflação para setembro, previstos para serem divulgados no final da semana. De toda forma, quaisquer indicações de pressões inflacionárias persistentes poderão proporcionar ao Banco do Japão uma motivação adicional para considerar um reforço da sua política.

Mercados asiáticos experimentam amplo recuo

Além do Japão, os mercados asiáticos mais amplos também testemunharam um recuo notável. O KOSPI da Coreia do Sul registrou uma queda de 1%, enquanto o ASX 200 da Austrália sofreu uma queda mais moderada de 0,2%. 

Ao mesmo tempo, as perspectivas para o índice Nifty 50 da Índia pareciam promissoras. Especialmente na sequência dos dados da semana anterior que indicavam um relaxamento nos números da inflação ao consumidor em setembro.

Gestão cautelosa na China e dados econômicos em foco

Os índices Shanghai Shenzhen CSI 300 e Shanghai Composite registaram quedas respectivas de 0,6% e 0,4%. Enquanto isso, o índice Hang Seng de Hong Kong registrou uma perda marginal de 0,1%. 

Dessa maneira, se espera que estes dados sublinhem uma fragilidade contínua no crescimento econômico. Assim, o Banco Popular da China (BPC) está preparado para tomar uma decisão relativa às suas principais taxas de empréstimo no final da semana. 

De todo modo, qualquer alteração significativa parece improvável depois de o banco ter optado por manter as suas taxas de empréstimo de médio prazo sem ajustamento. No entanto, os meios de comunicação estatais indicaram na segunda-feira que novos cortes nas taxas por parte do BPC continuam a ser uma possibilidade este ano. Esta consideração surge à luz do lento crescimento econômico, mesmo na sequência do relaxamento das medidas anti-COVID. Além do mais, os dados da atividade empresarial divulgados no início de outubro mostraram um quadro sombrio da maior economia da Ásia.

Os mercados petrolíferos reagem às tensões no Oriente  Médio 

Neste contexto, as ações mundiais registaram um declínio e os preços do petróleo apresentaram uma resposta mista. Ao mesmo tempo, os investidores se preparavam para uma antecipada invasão israelita da Faixa de Gaza. 

Embora a própria região de Gaza não contribua significativamente para a produção de petróleo, a preocupação reside nos potenciais efeitos de repercussão e na recuperação do mercado de petróleo bruto. Vale ressaltar que tal cenário poderia levar a perturbações no fluxo de petróleo, com consequências de longo alcance para diversas indústrias.



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