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Libra esterlina despenca e dólar americano sobe

A libra britânica caiu hoje devido a um novo relatório de inflação. De acordo com novos dados, os preços ao consumidor no Reino Unido aumentaram muito mais do que os analistas calcularam. 

Dessa forma, os investidores temem que a economia britânica possa estar caminhando para uma recessão profunda. Além disso, esperam que o Banco da Inglaterra aumente suas taxas de forma menos agressiva no próximo mês.

Enquanto isso, Matthew Ryan, chefe de estratégia de mercado da Ebury, observou que a libra esterlina caiu em relação a outras moedas importantes após outra surpresa positiva nos últimos dados de inflação britânicos. 

Ao mesmo tempo, as perspectivas para a economia do Reino Unido ainda são relativamente obscuras, com preços ao consumidor e custos de empréstimos crescentes. O governo também está no caos, com sua credibilidade sendo atingida, o que não inspira muita confiança nos investidores.

Além disso, há muita incerteza quanto ao ritmo dos próximos aumentos das taxas de juros do Banco da Inglaterra.

Vale ressaltar que a libra esterlina caiu 0,57% na quarta-feira, para US$ 1,12570. Enquanto a inflação anual de preços ao consumidor da Grã-Bretanha subiu para 10,1% em setembro, superando o esperado. Portanto, voltou a um pico de 40 anos alcançado em julho. 

Já os participantes do mercado esperam que a libra negocie sob pressão no curto prazo. Além das perspectivas de aumento da inflação, há uma possível recessão econômica a ser considerada, o que poderia fazer com que o Banco da Inglaterra aumentasse as taxas em 75 pontos base em vez de 100 bps em sua reunião de novembro.

Além disso, na quarta-feira, o dólar americano subiu 0,2% para 149,61 ienes em relação à moeda japonesa, atingindo esse ponto pela primeira vez desde agosto de 1990. Então, o dólar permaneceu em alta de 32 anos em relação ao iene durante esta sessão. 

Assim como, conseguiu se recuperar de uma baixa de duas semanas contra uma cesta das principais moedas. No geral, o índice do dólar saltou 0,7% para 112,74 hoje, depois de cair para o nível mais baixo desde 6 de outubro em 111,76 na sessão anterior.

O que causou a alta repentina do dólar americano? 

O dólar é uma das moedas de refúgio mais populares do mercado. No entanto, caiu esta semana, já que alguns ganhos otimistas seguiram o comércio de baixa de ações globalmente. 

Além disso, as notícias de inflação na Grã-Bretanha e a queda contínua do iene japonês fortaleceram o dólar, juntamente com os traders precificando mais dois aumentos de 75 bps na taxa do Federal Reserve este ano. Dessa forma, a agência se concentra no aumento da inflação e pretende derrubá-la mesmo que o processo resulte em uma recessão econômica.

Enquanto isso, o iene japonês em dificuldades permanece no centro das atenções. Então, os investidores estão esperando que o Banco do Japão e o Ministério das Finanças do país entrem no mercado de câmbio novamente, especialmente com o par USD/JPY se movendo em direção à principal barreira psicológica em 150.

Na quarta-feira, o ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki, afirmou que estava observando de perto as taxas de câmbio. Portanto, o governo provavelmente intervirá novamente se o iene continuar sendo negociado em níveis perigosamente baixos.

No entanto, ao contrário de outros Bancos Centrais, o Banco do Japão se recusa a apertar sua política monetária para impedir a inflação. Em vez disso, concentra-se em sustentar uma economia em sofrimento. Assim, tal decisão empurra os traders para outras moedas importantes, fazendo com que o iene diminua.

Enquanto isso, na Europa, o euro também despencou 0,8%, para US$ 0,97800 na quarta-feira. Sendo assim, caiu da alta de terça-feira em US$ 0,98755, um nível alcançado pela última vez em 6 de outubro. Dessa forma, analistas esperam que o Banco Central Europeu suba as taxas em mais 75 bps na quinta-feira da próxima semana.

Por outro lado, o dólar neozelandês continuou subindo e ganhou 2% esta semana, graças aos dados de preços ao consumidor de terça-feira. Este último aumentou as expectativas dos investidores de que o Banco de Reserva da Nova Zelândia continuaria com um aperto agressivo. 

Já o Kiwi ficou em baixa de 0,16%, a US$ 0,56770, em comparação com a alta de duas semanas de terça-feira, em US$ 0,5719, mas ainda estava em um nível alto.

Como estão as moedas emergentes (EM)? 

O rand da África do Sul caiu na quarta-feira em relação ao dólar. Isso ocorreu devido aos novos dados que mostraram que a inflação ao consumidor desacelerou pelo segundo mês consecutivo em setembro, mas não foi suficiente para impulsionar a moeda. Assim, o rand caiu 0,3% em relação ao dólar no início do pregão.

Simon Harvey, chefe de análise de câmbio da Monex Europe, observou que os dados vieram em grande parte como os economistas esperavam. Então, como resultado teve um impacto amplamente limitado no rand.

No geral, as moedas EM caíram 0,2%, enquanto as ações caíram 1,2%. 

Vale notar que o yuan chinês também caiu em relação ao dólar americano. Já o zloty polonês e o leu romeno terminaram no vermelho, enquanto a coroa tcheca negociou plana em relação ao euro. Por outro lado, o forint húngaro subiu 0,3% em relação à moeda comum.



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