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Guerra na Ucrânia ainda pode ser considerada perigosa

 

De acordo com o historiador israelense Yuval Noah Harari, sete semanas após a invasão russa na Ucrânia, as tensões crescentes estão colocando o público em um momento tenso na história. Além disso, o historiador informou que existe um grande risco de que a Rússia possa recorrer a armas nucleares, guerra química ou biológica. Vale frisar que isso representa uma ameaça existencial para a humanidade. 

Dessa forma, este talvez seja um momento perigoso que remete a crise dos mísseis cubanos de 1962,  referente ao conflito direto entre os Estados Unidos e a União Soviética. Sendo assim, podemos considerar esse momento como uma das situações mais próximas de uma guerra nuclear que já tivemos.

Para mais, Yuval informou que os aliados ocidentais não devem tentar impedir tais ações exigindo uma mudança de regime na Rússia. Pelo contrário, eles devem se concentrar em fortalecer ainda mais a Ucrânia, derrotar as forças russas no terreno e restaurar a paz. Ainda segundo o historiador, o objetivo da guerra deveria ser proteger a liberdade da Ucrânia e não substituir Moscou, pois isso cabe ao povo russo decidir.

Guerra e perigos na Ucrânia

O resultado da guerra pode ser um ponto de virada crucial na forma como os governos devem gerenciar as ameaças futuras. Se Vladimir Putin vencer a batalha, mais países terão que aumentar os gastos militares em detrimento de outros serviços públicos.

De acordo com Harar, não está claro quanto a Rússia está investindo em gastos com defesa, mas já existem planos de outros governos para aumentar os gastos nesse setor. Poucos dias após o conflito ter iniciado, a Alemanha anunciou que aumentaria significativamente os gastos com defesa em mais de 2% da produção econômica. Harar conta que se os orçamentos de defesa em todo o mundo fossem de 20% em vez de 6%, isso seria às custas da saúde e do bem-estar.

Além de tudo, existem outras ameaças como as mudanças climáticas, uma provável catástrofe para toda a humanidade. Uma solução pacífica para a guerra não é apenas do interesse da Ucrânia e dos seus vizinhos, mas também interesse do público em geral.

Harari vê alguma razão para otimismo cauteloso se os aliados ocidentais conseguirem um fim pacífico para o conflito. Ele acredita que se Putin perder a guerra, servirá de exemplo para possíveis países que pretendiam seguir a mesma linha do presidente russo. 

 



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