Num movimento diplomático inovador, a Secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo, destruiu suposições sobre as notícias da economia da China e as intenções dos Estados Unidos em relação a ela.
Durante uma série de reuniões de alto nível em Pequim, Raimondo transmitiu uma mensagem explícita: os EUA não estão tentando se dissociar do país chinês ou impedir o seu progresso econômico.
Ao interagir com altos funcionários econômicos chineses, incluindo o Vice-Primeiro-Ministro He Lifeng, a Secretária do Comércio deixou bem claro que a relação comercial entre os EUA e a China tem um imenso significado global.
Ela afirmou que a relação comercial sino-americana é uma das mais importantes a nível mundial. Dessa forma, gerir esse vínculo de forma responsável é crucial para ambas as nações. Esta afirmação surge como uma revelação significativa, visto que as tensões entre os dois gigantes econômicos já alimentaram especulações sobre futuras articulações.
O desejo de manter a relação comercial
Contrariamente às apreensões, Raimondo enfatizou que as preocupações de segurança nacional não levariam à dissolução dos laços econômicos. Além disso, acrescentou que, embora os EUA nunca comprometa a sua proteção nacional, não procuram reter a economia chinesa.
Este apelo à prosperidade mútua ecoou mesmo na reunião posterior com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, quando Raimondo transmitiu o desejo do presidente americano, Joe Biden, de manter a relação comercial de 700 mil milhões de dólares com o país.
Li Qiang expressou otimismo sobre o empenho para reforçar a comunicação e manter a saúde das relações econômicas EUA-China. Segundo ele, os países só conseguirão compreender as preocupações uns dos outros e encontrar pontos comuns através do diálogo. Este último também aumentará a possibilidade de cooperação.
Além disso, também ressaltou o papel fundamental das relações econômicas e comerciais na manutenção dos laços bilaterais globais. Afirmou que uma relação comercial e econômica bem mantida é benéfica para ambos os países.
Em meio à desaceleração econômica chinesa e às preocupações com a saúde financeira, a visita de Raimondo ganha maior importância. A secretária transmitiu o interesse dos Estados Unidos em colaborar com a China em questões como as alterações climáticas, a inteligência artificial e a crise do fentanil.
Além do mais, o acordo para reforçar os “laços interpessoais” através do turismo e do intercâmbio educativo com o Ministro da Cultura e do Turismo, Hu Heping, ilustrou a abordagem multifacetada que os EUA pretendem adotar.
Promovendo a prosperidade em meio a tensões
A missão diplomática de Raimondo faz parte de um esforço maior para estabilizar as relações difíceis entre os dois países.
A visita coincide com um período econômico desafiador para a China, marcado por uma previsão de crescimento em baixa devido à queda nas exportações e no investimento estrangeiro. A situação é ainda agravada pelo aprofundamento da crise imobiliária.
O departamento da secretária, em particular, desempenhou um papel fundamental em certas áreas, como a restrição das exportações de semicondutores, que geraram tensões.
Em suma, Raimondo enfatizou a profunda importância de uma relação econômica estável entre as duas nações. Respondendo às preocupações, ela destacou que a maior parte do comércio entre os EUA e a China não compromete a segurança nacional e pode ser harmonizada com os esforços para promover as negociações e a segurança simultaneamente.
Vale ressaltar que esta posição levou ao estabelecimento de novos canais de comunicação para questões econômicas, incluindo um grupo de trabalho colaborativo e um mecanismo de intercâmbio de informações para a aplicação do controle das exportações.
Em um mundo onde as tensões entre essas duas potências têm frequentemente dominado as manchetes, as revelações de Raimondo oferecem um vislumbre de esperança num futuro mais cooperativo e mutuamente benéfico.
No geral, o caminho a seguir parece estar enraizado no diálogo aberto, nos interesses partilhados e num compromisso com a prosperidade global.