Empresa Nexo recebe uma licença bancária nos EUA
A Nexo, uma credora de criptomoedas, revelou que adquiriu uma participação em um banco norte-americano regulamentado pelo governo federal. Dessa forma, abrindo caminho para a empresa oferecer serviços bancários aos americanos como uma instituição licenciada.
A empresa está localizada em Zug, na Suíça, e anunciou que concordou em comprar uma participação não revelada no Hulett Bancorp, que controla o Summit National Bank (SNB). Sendo assim, a Nexo pretende oferecer diversos produtos, incluindo contas correntes e empréstimos garantidos por criptomoedas, através do SNB que detém uma carta do banco federal com o Escritório de Controladoria da Moeda.
Vale ressaltar que essa decisão é crucial para a indústria de criptomoedas embrionária, a qual está tentando ganhar o apoio de legisladores e reguladores à medida que o investimento e a aceitação de ativos digitais se expandem.
No entanto, após o colapso do controverso token terraUSD, que provocou uma onda de liquidações e falhas em empresas como Celsius e Three Arrows Capital, o mercado está cuidando de suas feridas.
A Nexo se recusou a revelar o tamanho de seu investimento no Summit National Bank
O acordo foi uma transação de mudança de setor da empresa. Além da oportunidade de oferecer novos produtos, a Nexo afirma que sua licença bancária proporcionará aos usuários melhores precauções legais. Assim como, o acordo ajudará a Nexo a expandir sua presença nos Estados Unidos.
Além disso, o anúncio ocorreu apenas um dia após a Nexo ter sido alvo de ações judiciais de oito jurisdições diferentes. Isso aconteceu devido a alegações que a corporação ofereceu aos consumidores contas que rendem juros sem primeiro registrá-las como títulos e fornecer as informações necessárias.
No entanto, de acordo com os documentos, a Nexo supostamente induziu os investidores a acreditar que era uma plataforma licenciada e registrada. Vale notar que a empresa, que administra mais de US$ 4 bilhões em ativos, não é a primeira empresa de criptomoedas a receber uma licença bancária, mas é uma ocorrência incomum no mercado. Anteriormente, várias fintechs obtiveram licenças bancárias federais por meio de fusões e aquisições.
