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Os desafios da atual economia chinesa

A trajetória econômica chinesa preocupa os analistas. O Banco Mundial publicou um novo relatório prevendo uma acentuada desaceleração em 2024. O banco espera que o crescimento da China, que atingiu 5,2% este ano, diminua para 4,5% no próximo ano, apesar das recentes recuperações nos investimentos e na demanda por serviços.

Desafios em meio à recuperação

O relatório destaca a fragilidade da recuperação econômica chinesa. Além disso, atribui contratempos aos desafios contínuos no setor imobiliário e a uma queda global na demanda por exportações chinesas. Fatores como altos níveis de dívida e a oscilação da confiança do consumidor também complicam a sustentação da recuperação.

Altos e baixos no crescimento

A economia chinesa experimentou uma montanha-russa de crescimento nos últimos anos. Este variou de uma baixa de 2,2% em 2020 a uma alta de 8,4% em 2021, estabilizando em 3,0% no ano passado. O impacto da pandemia, combinado com as perturbações no setor de tecnologia e uma desaceleração na propriedade, resultou em perda de empregos. Também levou muitos cidadãos chineses a apertarem seus orçamentos.

A maioria dos empregos criados durante a recuperação foi de baixa qualificação em indústrias de serviços. Assim, isso contribuiu para preocupações sobre a falta de redes de segurança social e o envelhecimento da população, sobrecarregando as gerações mais jovens com o suporte aos mais velhos.

Riscos e reformas necessárias

O relatório enfatiza consideráveis riscos negativos, especialmente se o setor imobiliário passar por uma desaceleração prolongada. Isso poderia ter ramificações generalizadas, afetando as finanças do governo local e desafiando ainda mais os fabricantes diante de uma demanda global mais fraca.

No entanto, o banco destaca reformas estruturais como imperativas. Enquanto isso, vê a disposição do governo central em apoiar governos locais com dificuldades financeiras como um impulso de confiança para a economia chinesa. As políticas específicas da recente Conferência Econômica Central permanecem não divulgadas, no entanto.

Problemas no setor imobiliário 

O investimento imobiliário teve uma queda de 18,0% nos últimos dois anos, com o relatório instando a ação para resolver as dívidas não pagas de incorporadoras imobiliárias sobrecarregadas. A desaceleração do mercado imobiliário, especialmente pronunciada em cidades menores, pesou no desempenho econômico geral.

Apesar desses desafios, investimentos robustos na manufatura, especialmente em veículos elétricos, baterias, tecnologias de energia renovável e setores estratégicos como chips de computador, têm proporcionado uma proteção.

Gastos do consumidor e o crescimento sustentado

O relatório enfatiza a necessidade de uma recuperação nos gastos do consumidor para alcançar um crescimento sustentado. A onda ômicron da COVID-19 prejudicou os gastos do consumidor, e desde o final de 2021, eles permanecem abaixo do esperado. O relatório argumenta que, embora os investimentos na construção sejam significativos, estimular os gastos do consumidor é essencial para uma recuperação econômica robusta. À medida que a China se encontra nessa encruzilhada econômica, o relatório do Banco Mundial sinaliza uma chamada para reformas estratégicas e um equilíbrio cuidadoso entre enfrentar desafios e capitalizar em áreas de resiliência. O mundo estará observando de perto enquanto a China navega pelo caminho intrincado em direção a um futuro econômico mais estável e sustentável.



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