Cuba está aprovando serviços de criptomoeda
O Banco Central de Cuba decretou na terça-feira regulamentos visando provedores de serviços de ativos virtuais. De acordo com especialistas, essa medida poderia ajudar a ilha caribenha governada pelos comunistas a evitar contornar as duras sanções dos EUA.
Como as criptomoedas permitem transações financeiras anônimas, elas são utilizadas para contornar os controles de capital e aumentar a eficiência dos pagamentos e transferências.
Já a autorização bancária, publicada no Diário Oficial do Governo na terça-feira, exige permissão de quem deseja usar criptomoedas. O banco disse que avaliaria a legalidade de cada solicitação, os benefícios socioeconômicos e as características do projeto antes de emitir a licença, que é válida inicialmente por um ano.
A chegada da internet móvel há três anos abriu o caminho para as corretoras de criptomoedas em Cuba. O número de entusiastas na ilha está crescendo à medida que a moeda ajuda a superar os obstáculos impostos pelas sanções dos EUA.
Vale lembrar que o embargo comercial de décadas dos EUA manteve os cubanos longe dos tradicionais sistemas internacionais de pagamento e dos mercados financeiros. Logo, os cubanos não podem obter cartões de crédito ou débito para uso internacional na ilha, além disso, não é fácil obtê-los no exterior.
Vários vizinhos latino-americanos de Cuba manifestam interesse em criptomoedas, incluindo El Salvador, o primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda legal.
Há dúvidas que Cuba siga o exemplo de El Salvador, tornando o Bitcoin uma moeda legal ou desenvolvendo sua própria criptomoeda. Ainda assim, o governo está mais preocupado em facilitar as remessas de importação e o comércio exterior internacional.
