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O crescimento econômico alemão deve ser modesto em 2023

A Comissão Europeia, que já havia previsto uma contração de 0,6%, indicou na segunda-feira que a economia alemã aumentará um pouco este ano.

Sendo assim, projeta um crescimento do PIB de 0,2% para 2023 para a maior economia da Europa, mais do que o previsto no outono devido aos preços mais baixos da energia e ao apoio político a indivíduos e empresas.

Apesar de um recente aumento na confiança, a economia ainda deverá sofrer uma queda modesta no início de 2023, pois os custos de aquecimento doméstico ainda estão subindo e porque a ajuda do governo para janeiro e fevereiro será paga apenas em março, segundo a Comissão. Em 2024, a previsão de crescimento é de um aumento para 1,3%.

Vale observar que o aumento do preço da energia e do custo dos insumos fizeram com que o índice de preços ao consumidor alemão, harmonizado em relação aos demais países da União Européia, atingisse o pico em outubro, em 11,6%. Porém, os custos do consumidor diminuíram um pouco desde então.

Com esse cenário, a previsão é que as limitações nos preços do gás e da eletricidade diminuam o impacto do alto crescimento dos preços da energia em 2023. No entanto, a Comissão previu que os preços de produção em crescimento contínuo manteriam a inflação elevada, com uma previsão de 6,3% em 2023. Já em 2024 a inflação alemã tem a previsão de cair para 2,4%.

Projeção de crescimento para a zona do euro em 2023

Segundo a Comissão Europeia, o crescimento econômico deste ano na zona do euro deve ser maior do que o inicialmente previsto, e a inflação será menor do que o esperado até o final de 2022.

Dessa forma, as 20 nações que usam o euro devem ter um crescimento econômico este ano de 0,9%, em oposição aos 0,3% previstos em novembro, segundo o braço executivo da União Europeia (UE).

Dado que o crescimento nos últimos três meses de 2022 foi de 0,1% em relação ao trimestre anterior e que a Comissão antecipa um número de 0,0% nos primeiros três meses de 2023, a área da moeda única evitará por pouco a recessão técnica que havia previsto três meses antes.

Além disso, segundo a Comissão, há muita incerteza em torno das previsões, embora os riscos de crescimento sejam geralmente equilibrados. 

Enquanto isso, a demanda doméstica pode acabar sendo mais forte do que o previsto se as recentes quedas nos preços do gás no atacado se traduzirem em custos de consumo mais baixos e o consumo se mantiver melhor do que o esperado, mostrou o relatório. No entanto, dadas as preocupações geopolíticas em andamento, uma possível reversão desse declínio “não pode ser descartada”.

Vale ressaltar que após a reabertura da China, a procura externa poderá revelar-se potencialmente mais robusta, podendo, no entanto, alimentar a inflação global. 

Por fim, como resultado de um aumento nos preços do petróleo e dos alimentos provocado pela invasão russa na Ucrânia, a inflação ao consumidor na zona do euro, que atingiu recordes de 10,6% em outubro, deve desacelerar para 5,6% este ano e 2,5% em 2024. Dessa forma, o declínio seria maior do que o previsto anteriormente, 6,1% para 2023 e 2,6% para 2024.



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