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China não corresponde acordo de fase um, EUA ainda acreditam

O acordo comercial EUA-China não se trata apenas de comercializar mais produtos americanos, de acordo com o ex-negociador comercial da Casa Branca.

O ex-vice-diretor do Conselho Econômico Nacional, Clete Willems, afirmou: “Há muitos aspectos neste acordo e nos componentes estruturais, seja sobre a propriedade intelectual, serviços financeiros, acesso ao mercado e, visto que a China tem algumas de suas leis sobre agricultura, ela está mais ou menos, fazendo o que disse que ia fazer.”

Ele também explicou que, apesar da falta de compras, os EUA ficaram felizes com o acordo. Willems já fazia parte da equipe dos EUA negociando com a China. Depois, ele deixou seu cargo na Casa Branca no ano anterior e atualmente é sócio de um escritório de advocacia Akin Gump.

Além disso, o governo chinês tem procurado uma maneira de ter um melhor acesso ao mercado para empresas estrangeiras fazerem negócios na China. Ainda mais, prometeu desenvolver proteção à propriedade intelectual.

 

A negociação

Mesmo assim, o país ficou aquém de suas compras prometidas na fase um do acordo comercial assinado em janeiro. No acordo, a China assinou a compra de outros US$ 200 bilhões em bens dos EUA para os próximos dois anos, além dos números de exportação de 2017.

Com base no Instituto Peterson de Economia Internacional, a China deveria ter comprado um total de US$ 142,7 bilhões em bens americanos até o final de 2020, se medido usando dados de exportação dos EUA. Mas, usando os dados oficiais de importação chineses, Pequim deve comprar US$ 172,7 bilhões este ano.

Willems disse: “Eles têm que fazer melhor quanto à compra, todo mundo sabe disso.” Porém, indicou que eles estavam atrasados devido à pandemia do coronavírus.

 

Tensões entre os EUA e o governo chinês

Os comentários de Willems chegaram em meio ao aumento das tensões nas relações EUA-China, por causa das eleições presidenciais de novembro.

Na semana anterior, o presidente Donald Trump divulgou ordens executivas proibindo transações com as empresas de tecnologia chinesas Tencent e ByteDance nos EUA.

Particularmente, o aplicativo de mensagens chinês WeChat, de propriedade da Tencent, é um elemento que muitas empresas dos EUA veem como vital ao fazer negócios na China. Willems acredita que, se eles não puderem usá-lo, estarão em enorme desvantagem contra seus concorrentes da Europa, o Japão e outros lugares. Com isso, o comércio pode ser afetado.

 

As próximas eleições

Enquanto a relação com a administração Trump permanece difícil, a China prefere uma com Biden. Willems acrescentou que o gigante econômico asiático acredita que as relações estariam em melhores condições se Joe Biden ganhasse em novembro.

Porém, o candidato presidencial democrata e ex-vice-presidente dos EUA possivelmente será mais duro com a China em comparação com o que Pequim espera.

Willems observou: “Eles estão olhando para sua história, seu histórico com a administração de Obama.”

Ele também disse que o democrata pode não ser tão agressivo quanto o atual presidente, mas ainda assim vai ser, sendo um pouco mais previsível. E é com isso que Willems acha que o país está contando.



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