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China e sua batalha de longo prazo contra o Bitcoin

Na semana passada, o governo da China anunciou uma repressão ao Bitcoin e às atividades comerciais, atingindo a criptomoeda por segunda vez. Neste mês, as autoridades também tomaram medidas contra a indústria de criptomoedas como um todo. Eles decidiram proibir instituições financeiras de oferecer qualquer forma de serviço de moedas digitais.

A mineração de Bitcoins não foi mencionada, mas as ações do governo mostram que a China está monitorando a situação. A China responde por 65% da mineração de Bitcoin, seguida pelos EUA e pela Rússia, com 7% cada.

O país planeja ser neutro em carbono até 2060 e atingir seu pico de emissões de CO2 antes de 2030. É por isso que a China anunciou diretrizes em 2019 para reduzir a atividade dos mineradores de Bitcoin. As declarações da semana passada representam uma continuação das decisões políticas existentes.

Dentro do país, a região da Mongólia Interior representa cerca de 8% dos esforços de mineração da China. As autoridades locais deram aos mineradores de criptomoedas dois meses para encerrar suas operações. Isso por conta da poluição pesada e preocupações ambientais. Há vários dias, a Comissão de Reforma e Desenvolvimento da Mongólia Interior anunciou a criação de uma linha direta para as pessoas denunciarem fazendas de mineração cripto ilegais.

Os anúncios da semana passada não são novidade. O país tomou várias medidas nos últimos anos para restringir o câmbio de criptomoedas. Agora eles refletem uma posição ainda mais rígida. Alguns analistas acreditam que isso ocorre porque a China pretende lançar seu próprio yuan digital centralizado, que atualmente está em fase de teste.

Em termos de mineração, ao contrário do ouro ou carvão, reduzir pela metade o número de minas não representaria metade da produção de Bitcoin. A mineração ocorre através da resolução de quebra-cabeças complexos, que verificam transações de blockchain. Ao final da resolução, são feitos os blocos e o computador que finalizou ganha uma quantidade de Bitcoins. Assim, se uma grande proporção de mineradores fechasse, os quebra-cabeças se tornaria mais fácil de resolver. Então, ainda teríamos um novo bloco a cada 10 minutos, mas é improvável que isso aconteça.

Provavelmente, alguma mineração continuará no país, mas algumas operações serão transferidas para o exterior. Consequentemente, os EUA podem se beneficiar, junto com países como Canadá e Geórgia.

 

Exchange cripto Huobi suspendeu alguns serviços na China

A exchange de criptomoedas Huobi é a principal provedora de serviços de negociação de criptomoedas para investidores chineses. Ela possui o oitavo maior pool de mineração do mundo, com 4% de taxa de hash de toda a rede Bitcoin.

Recentemente, a Huobi decidiu cortar ou suspender alguns de seus serviços e produtos em certos países. Porém, ela não divulgou os países e regiões específicos onde interromperá a comercialização de serviços e produtos de investimento.

Assim, a exchange interrompeu seus serviços de hospedagem de mineradores na China continental devido à recente repressão. Além disso, a Huobi também deve suspender a venda de máquinas de mineração de criptomoedas.



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