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Aumento do emprego nos EUA afeta ações asiáticas  

O comportamento das ações asiáticas foi misto nesta segunda-feira. Isso aconteceu por conta dos fortes dados de empregos nos EUA, visto que eles abriram caminho para o aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed). Além disso, segundo a China, suas exportações aumentaram em um número total, logo Tóquio e Xangai avançaram.

Enquanto isso, Seul e Hong Kong caíram. Já o preço do petróleo aumentou e dados do governo mostraram que os empregadores dos EUA contrataram mais em junho do que o esperado. 

Ao mesmo tempo, o índice de referência de Wall Street S&P 500 teve uma perda de 0,2% na sexta-feira. Dessa maneira, diminuiu as expectativas de que uma economia em desaceleração poderia forçar o Fed a atrasar ou reduzir mais aumentos de taxas para conter a inflação. No entanto,  o Federal Reserve está ponderando se deve ser mais agressivo. 

Já o índice Shanghai Composite caiu para 3.226,04 e o Hang Seng caiu para cerca de 20.055,39, queda geral de 0,7%. Enquanto isso, o Nikkei 225 subiu para 28.241,09. O Kospi caiu para 2.482,32 e o S&P-ASX 200 caiu 0,1%, a 7.005,40. 

Em Wall Street, o S&P 500 caiu para 4.145,19 na sexta-feira. O Dow caiu 0,2%, a 32.803,47 e o Nasdaq perdeu até 12.657,55. 

Assim, os investidores temem que as políticas para conter a inflação na Europa e na Ásia possam frear o crescimento econômico global.  

Além disso, a guerra da Rússia também abalou os mercados com a Ucrânia e isso levou a um aumento nos preços do trigo, petróleo e outras commodities. Assim como, levou à incerteza sobre o impacto das restrições chinesas, que têm dificultado a produção e a oferta. 

No entanto, as exportações de julho na China aumentaram 18% em relação ao ano anterior. Já as importações subiram apenas 2,3%, refletindo a fraca demanda global. Enquanto, o superávit comercial do país aumentou para um recorde de 101 bilhões de dólares. 

As ações e o Fed  

Dados fortes de emprego dos EUA na semana passada deram munição aos funcionários do Federal Reserve, os quais informaram que a economia pode suportar custos mais altos de empréstimos para reduzir a inflação. 

Assim, após o anúncio que veio na sexta-feira, os traders previram que o Fed aumentaria sua taxa de juros de referência em 0,75 pontos no próximo mês, meio ponto a mais do que o esperado. Isso fará com que a margem triplique. 

Da mesma forma, será o terceiro grande aumento este ano e as taxas de juros mais altas devem reduzir a inflação diminuindo a atividade empresarial. No entanto, também aumenta o risco de recessão e perda de empregos. 

Vale notar que o recente aumento da inflação é incomum, visto que especuladores culparam a escassez de commodities na pandemia do coronavírus e não um rápido crescimento econômico. 

Além disso, Wall Street teve seu melhor mês para ações após 2020 e isso se deve principalmente aos rendimentos dos títulos. Já nos mercados de energia, o preço do petróleo dos EUA aumentou 7 centavos e atingiu US$ 89,08 por barril. 

Enquanto isso, o petróleo Brent, base do preço do comércio internacional, aumentou 1% em Londres e atingiu US$ 94,93 por barril. 

O dólar subiu para 135,28 ienes e o euro chegou a 1,0181 dólares. 

Ações europeias em alta  

As ações europeias subiram depois de uma mínima de 3 semanas na sexta-feira. Assim, os investidores evitaram os riscos de uma elevação da taxa do Federal Reserve e se concentraram em fortes ganhos.

Ao mesmo tempo o Stoxx Europe 600 subiu 0,7% em Londres e as ações de tecnologia lideraram o caminho. Já os rendimentos dos títulos recuaram. 

Além disso, as ações europeias caíram na sexta-feira depois que uma queda nos empregos nos EUA diminuiu as preocupações com a recessão. Assim como, também deu a entender que o Fed provavelmente continuaria aumentando as taxas de juros para conter a inflação. Logo, o presidente do Fed de São Francisco informou que o Banco Central ainda está longe de cortar as taxas.

Enquanto isso, as ações subiram recentemente, uma vez que os relatórios de lucros foram resistentes aos ventos contrários. Já os rendimentos dos títulos caíram devido aos temores de uma recessão, ajudando setores caros e sensíveis às taxas, como o de tecnologia. 

Os mercados de crédito continuam muito mais estressados ​​do que os de ações, e o índice de volatilidade Euro Stoxx 50 caiu desde janeiro. De acordo com especialistas, os mercados têm se mantido estáveis ​​nas últimas semanas, embora o relatório de empregos possa demorar mais. 

Por fim, a Europa continua a surpreender, no entanto, as perspectivas de crescimento permanecem sombrias e isso sugere que os sucessos recentes são improváveis ​​até o final do ano.



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