As ações globais recuam e dólar segue em queda

As ações globais recuaram com o dólar caindo ainda mais em relação à mínima da semana passada. Ao mesmo tempo, os investidores estavam focados no que o Federal Reserve (Fed) poderia fazer para conter a inflação.

Devido a esse amplo recuo das ações globais, o índice MSCI All-World recuou 0,22%, os futuros de S&P 500 e Nasdaq 100 recuaram entre 0,3-0,5%.

Já a Tesla divulgará os ganhos mais tarde, assim como o Morgan Stanley, em meio a sólidos ganhos que dissipam alguns temores sobre a estabilidade do setor.

Enquanto isso, a inversão entre o rendimento do Tesouro de três meses e o rendimento de 10 anos, em mais de 160 bps, é a mais profunda desde 1981. 

Mercados europeus em baixa com sinais mistos do Fed 

Os mercados europeus caíram com os investidores digerindo as estatísticas de inflação e os sinais mistos do Fed sobre a direção dos aumentos das taxas de juros.

Com esse cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,34%, as ações de tecnologia caíram 1,42% e as de mineração 1,3%.

A inflação dos preços ao consumidor no Reino Unido foi de 10,12% em março, abaixo dos 10,43% em fevereiro. No entanto, os economistas esperavam uma queda para 9,8%.

As estatísticas de terça-feira indicaram que o aumento salarial no Reino Unido cresceu mais lentamente do que o esperado no período que antecedeu março.

Devido a isso, economistas comentam que essa situação poderia complicar a determinação do Banco da Inglaterra quanto a adiar ou não qualquer aumento nas taxas em sua conferência de política monetária em maio.

Em Atlanta, o presidente do Federal Reserve de lá informou que vê outro aumento de taxa de 25 pontos-base antes de parar.

Por fim, o Stoxx 600 atingiu uma alta de 14 meses na sessão de terça-feira. Já os investidores mantiveram os níveis de risco apesar da contínua volatilidade inflacionária e dos Bancos Centrais sendo forçados a continuar considerando aumentos de juros.