Ações globais caem devido a preocupações com a inflação

 

As ações globais e os futuros de Wall Street  afundaram na segunda-feira. Isso aconteceu após o Federal Reserve (Fed) informar que pode aumentar as taxas de juros de forma mais agressiva para reduzir a inflação dos EUA . Além disso, outro fator importante se refere ao presidente francês, Emmanuel Macron, que emergiu do primeiro turno das eleições francesas enfrentando um desafio da extrema-direita. 

Com relação às bolsas, Londres e Frankfurt abriram em um nível pequeno, já Tóquio, Xangai e Hong Kong recuaram. O petróleo caiu mais de US$ 2 por barril , uma vez que o crescimento econômico global pode enfraquecer. Dessa forma, os investidores estão preocupados com as altas taxas de juros, a guerra da Rússia com a Ucrânia e a tentativa da China de conter a propagação do coronavírus.

Logo, as autoridades da federação indicaram em nota na reunião do mês passado que estavam considerando dobrar a taxa de referência dos EUA para um valor médio em sessões futuras. Eles também observaram que a propriedade dos títulos da federação poderia ser reduzida, levando a taxas de juros mais altas nos empréstimos comerciais. Assim, os investidores veem evidências crescentes de que o Federal Reserve adotará uma abordagem mais comprometida para combater a inflação.

O FTSE 100 em Londres caiu 0,3%, para 7.644,69, enquanto o DAX perdeu 0,3%, para 14.241,45. O CAC 40 avançou 0,7% após Emmanuel Macron dizer que sua luta com um rival seria difícil para o segundo turno. Contudo, eles foram finalistas na última eleição presidencial há cinco anos e os mercados experimentam volatilidade duas semanas antes do anúncio do resultado final da eleição. 

Em Wall Street, o índice S&P 500 subiu 0,4%, enquanto o Dow Jones Industrial Average subiu 0,2%. Na sexta-feira, o S&P 500 perdeu 0,3%, o Dow subiu 0,4% e o Nasdaq Composite caiu 1,3%.

Inflação e Ações Globais

Taxas de juros mais altas normalmente desencorajam a atividade econômica e deixam ativos mais seguros como os títulos, mais atraentes. Isso torna as ações mais arriscadas e caras. Assim, depois de serem acusados ​​de reagir ao aumento da inflação, alguns temem que o Fed possa pressionar demais e colocar a maior economia do mundo em recessão. Na semana passada, economistas do Deutsche Bank estimaram uma recessão nos EUA até o próximo ano.

Em março, o Shanghai Composite Index perdeu 2,6% depois que a inflação acelerou para 1,5% no ano anterior, de 0,9% no mês anterior. Em meio à pressão sobre os preços globais devido à incerteza sobre a guerra na Ucrânia, a inflação pode limitar o espaço de cortes nas taxas de juros para impulsionar o crescimento econômico da China. Além disso, montadoras e outros fabricantes estão reduzindo a produção devido a interrupções no fornecimento depois que as autoridades reforçaram o controle para impedir surtos de coronavírus em Xangai e outras cidades.

A BYD caiu 4,5%, enquanto a Dongfeng Motor Group caiu 3,6%. O Nikkei 225 caiu 0,6%. Já o Hang Seng experimentou uma reversão de 3%, o S&P-ASX 200 em Sydney avançou 0,1% e o Sensex perdeu 0,5%. Cingapura e Nova Zelândia caíram, enquanto a Indonésia avançou. 

Depois de atingir uma alta de US$ 130 o barril no mês passado, os preços do petróleo caíram devido às fracas expectativas de demanda.

O preço do petróleo americano nas negociações eletrônicas na Bolsa Mercantil de Nova York caiu US$ 2,32 para US$ 95,94 por barril. Contudo, o dólar subiu para 125,33 ienes na sexta-feira e o euro permaneceu inalterado em US$ 1,0906.

No entanto, a ACM Research, fornecedora de equipamentos da indústria de semicondutores, com sede em Xangai, caiu 6,1% na sexta-feira, devido às restrições que impactaram significativamente a receita.