Taxa do dólar hoje: flutuações em meio às tensões globais
A taxa do dólar americano registrou negociações mistas hoje. Isso ocorreu devido aos investidores observarem de perto os discursos dos responsáveis do Federal Reserve (Fed) e os acontecimentos que se desenrolaram no Oriente Médio. Ao mesmo tempo, analistas e traders avaliam a possibilidade de o Banco Central dos EUA aumentar as taxas de juros para combater a inflação.
Edward Moya, analista de mercado sénior da OANDA em Nova Iorque, afirmou: “O mercado estará concentrado em saber se conseguiremos uma reaceleração na economia no início do próximo ano e como isso poderá impactar as pressões inflacionistas. O mercado está cada vez mais confiante de que o Fed terminou o aumento das taxas, mas a situação poderá mudar se os riscos geopolíticos, como a crise energética global, complicarem as perspectivas de inflação durante o Inverno.”
O Federal Reserve tem uma série de discursos agendados para a semana, com o presidente do Fed, Jerome Powell, marcado para falar na quinta-feira. Os responsáveis do Banco Central entrarão num período de blackout em 21 de outubro, antes da reunião do Fed no final do mês. Estes discursos importantes e o próximo período de blackout moldarão significativamente o sentimento e as expectativas do mercado.
Insights do Banco Central
Vários responsáveis do Fed expressaram recentemente as suas opiniões sobre a situação econômica. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, acredita que a desaceleração da inflação nos EUA é uma tendência e não um pico temporário. No entanto, alguns dados econômicos indicam efetivamente uma pressão persistente sobre determinados preços.
Além disso, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, mencionou que as atuais taxas de juros dificultaram a entrada dos compradores de casas pela primeira vez no mercado imobiliário.
Já os traders estão atualmente prevendo uma chance de 33,00% de um aumento adicional nas taxas de juros este ano, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
Taxa do euro em relação ao dólar
Embora grandes bancos como JPMorgan Chase, Citibank e Goldman Sachs prevejam que o dólar atingirá a paridade com o euro nos próximos seis meses, a análise do Investing.com destaca os principais limites que precisam de ser ultrapassados para que tal cenário seja sustentado.
O euro ganhou 0,40% em relação ao dólar, atingindo US$ 1,0554, mas caiu para US$ 1,0448 em 3 de outubro, marcando seu nível mais baixo desde dezembro de 2022.
Ao mesmo tempo, a crise do Oriente Médio está aumentando a pressão sobre a já desacelerada economia europeia, à medida que crescem os custos de energia e contribuem para a inflação.
Shekel israelense enfraquece
No meio destes desenvolvimentos, o shekel israelita enfraqueceu na segunda-feira, atingindo brevemente o nível psicologicamente importante de quatro shekels por dólar americano pela primeira vez desde 2015. Naturalmente, o conflito em curso de Israel com o Hamas levantou preocupações entre os investidores.
Níveis de recompra: iene e dólar
Os traders também estão de olho no iene japonês, já que o dólar permaneceu estável em relação à moeda em 149,55, perto do sensível nível de 150. Com esse cenário, alguns traders acreditam que as autoridades japonesas poderão intervir para apoiar a moeda caso esta enfraqueça além desse nível.