Rússia está tentando salvar seu mercado financeiro
A Federação Russa iniciou a invasão de sua vizinha Ucrânia no mês de fevereiro. Após o ataque, inúmeros governos impuseram rígidas sanções ao país para criar uma enorme pressão sobre o mercado financeiro russo.
Entretanto, apesar disso, a moeda russa vem se recuperando de sua dramática queda, reflexo das sanções. Contudo, as ações da Rússia permanecem em território negativo para o ano.
O governo russo está segurando vigorosamente os mercados, e introduziu controles rígidos de capital que impulsionaram o rublo, além de proibir investidores estrangeiros de abandonar ativos domésticos.
A Rússia e suas ações
O índice de ações Moex de Moscou caiu cerca de 40% até agora este ano, mas subiu cerca de 9% desde o fundo no final de fevereiro.
Contudo, Iskander Lutsko, analista da ITI capital, acredita que seu nível deve ser consideravelmente menor. Segundo Lutsko, o mercado de ações russo não reflete a infeliz e verdadeira realidade. Sabe-se que os não residentes não podem vender ações, portanto, a situação atual não reflete a realidade.
Vale ressaltar que em 2021, os estrangeiros possuíam a grande maioria das ações negociáveis na bolsa de Moscou. Eles detinham cerca de 80% das ações negociáveis, no valor de cerca de US$ 200 bilhões.
Além disso, quando se trata do mercado de títulos, a situação é ainda pior. O governo da Federação Russa e muitas das maiores empresas da Rússia estão prestes a dar calote em suas dívidas externas depois que as sanções dos EUA restringiram seu acesso ao sistema financeiro global. Consequentemente, os títulos de muitas grandes empresas, como a Gazprom, caíram.
No entanto, a queda nos preços atraiu caçadores de pechinchas, esperando lucrar com uma recuperação nos preços se o cenário na Ucrânia melhorar. Embora Iskander Lutsko evite o termo, esses investidores são geralmente chamados de “abutres”.
A Rússia está tentando fazer o que pode para melhorar a situação atual. Entretanto, Lutsko acredita que o rublo é “completamente artificial”. A moeda é regulada pelo Banco Central do país, o qual garante que a volatilidade permaneça limitada.
