Papel da criptomoeda na guerra entre a Rússia e a Ucrânia

 

O papel das criptomoedas está sendo um fator importante durante a invasão russa na Ucrânia. A implementação de sanções e a consequente agitação nos mercados financeiros deram ênfase sobre qual o reflexo das criptomoedas nos eventos atuais.

Após a invasão da Ucrânia, o Ocidente tentou afetar a Rússia adicionando uma série de sanções econômicas. Sendo assim, os países ocidentais pretendem isolar o país do sistema financeiro global. Dessa forma, as sanções fizeram com que o rublo russo caísse significativamente.

Os importantes oligarcas e instituições financeiras russas foram colocados em uma lista de sanções dos EUA, impedindo a negociação americana com as pessoas e empresas listadas. Enquanto isso, os EUA, os aliados europeus e Canadá retiraram os Bancos Centrais russos do sistema de pagamento SWIFT, bloqueando seus acessos aos mercados financeiros mundiais.

Assim, discussões foram realizadas a fim de debater se as criptomoedas poderiam ser uma maneira para os oligarcas e instituições contornarem essas restrições.

Um dos motivos para o BTC e outras moedas digitais serem levadas em consideração durante as discussões é a sua natureza descentralizada. Isso significa que nenhuma instituição, como o Banco Central, emite ou possui controle sobre esses ativos. O envio de criptomoedas para outros usuários não passa pelos trajetos financeiros tradicionais.

No entanto, o blockchain é um registro público de atividade, e a movimentação de fundos de uma conta para outra pode ser rastreável. Por essa razão, o blockchain não se torna uma boa ferramenta para evitar as sanções.

Vale salientar que o BTC e a Tether (stablecoin) vinculada ao dólar americano, observaram um aumento na negociação de rublos desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O BTC ultrapassou suas mínimas anuais ficando acima de US$44.000 à medida que a guerra na Ucrânia se intensificou. Logo, especulações de que a criptomoeda atingiu o seu porto seguro começaram a surgir.