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O surto de coronavírus atinge as economias africanas

 

Capital Economics diz que o surto do coronavírus está atingindo indiretamente a economia da África, com uma queda acentuada nos preços da commodity. A paralização em massa da China causou um efeito cascata em áreas como manufatura e turismo.

Os fechamentos das fábricas, a interrupção da cadeia de fornecimento e uma proibição da saída de grupos de turismo causaram turbulências nos setores de turismo e manufatura.

De acordo com John Ashbourne, os fechamentos dos portos na China estão forçando os importadores de petróleo a cancelarem as compras e os vendedores a procurarem em outros lugares.

John Ashbourne é o economista sênior de mercados emergentes na Capital Economics.

Em Angola, Senegal – uma empresa estatal de petróleo e gás natural teve que revender pelo menos um carregamento com desconto. De acordo com Ashbourne, o carregamento já estava em rota.

Enquanto o efeito do preço irá atingir todos os exportadores de commodity da África, estas turbulências comerciais afetarão principalmente os exportadores de petróleo da África Ocidental,” Ashbourne disse.

Os preços do petróleo Brent têm caído acentuadamente desde que o surto prejudicou os prazos. Os preços caíram 16,69% desde a virada do ano e foi negociado logo acima de US$ 54 por barril na segunda-feira à tarde.

Para outros metais base, os mercados de exportação africanos dependem pesadamente do aço e cobre. Eles se depreciaram acentuadamente nas últimas semanas.

Exposição Econômica

As exportações de commodity industrial do Congo são responsáveis por quase 70% do PIB, com as exportações para a China representando mais de 50% do PIB total.

Mais de 20% do PIB da Angola depende pesadamente das exportações industriais chinesas.

Zâmbia, Nigéria e Gana são também países com exposição significante.

Embora não haja diagnóstico positivo no continente africano, os especialistas alertaram que o subcontinente está suscetível, considerando seus fortes laços com a China.

Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o vírus uma emergencial mundial de saúde. O chefe da OMS, Tedros Adhanom, disse que sua maior preocupação era com a possibilidade de isto atingir países com sistemas de saúde mais fracos.



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