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Inflação turca atinge seu nível mais alto

A combinação das pressões internacionais com a gestão econômica não convencional de Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, levam a uma alta nos preços.

O nível mais alto da inflação foi atingido desde que o partido de Erdogan assumiu o poder há quase duas décadas. Segundo o Instituto de Estatística da Turquia, o Índice de preços ao consumidor do país aumentou 48,7% ao ano em janeiro, acima dos 36% observados em dezembro.

A leitura dos aumentos significativos nos custos de alimentos, eletricidade e gás, representa a taxa oficial mais alta da Turquia desde abril de 2002.

Durante a sua primeira década no poder, Erdogan obteve uma prosperidade econômica. No entanto, nos últimos anos ele vem realizando repetidos erros que provocam uma alta inflação.

No ano passado, Erdogan pediu ao Banco Central para reduzir os custos dos empréstimos quatro vezes seguidas. Dessa forma, elevou a taxa básica para 14%, apesar de avisos de que isso elevaria a alta inflação já existente no país.

Há muito tempo Erdogan argumenta que, ao contrário da sabedoria econômica tradicional, a redução das taxas de juros ajuda a estabilizar os preços. Porém, os economistas acreditam que a queda da lira, que frequentemente segue as reduções nas taxas, depende dos custos crescentes em um país fortemente dependente de energia e bens importados. Em 2021, a lira turca perdeu 44% de seu valor em relação ao dólar americano.

Expectativa de taxa

A recente campanha de redução de taxas da Turquia também a coloca em desacordo com os Bancos Centrais mundiais. Sendo assim, as instituições estão apertando a política para combater a maior taxa de inflação em décadas.

De acordo com pesquisas, o apoio ao Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) de Erdogan está se aproximando de mínimas históricas, devido à insatisfação pública com o aumento do custo de vida. Porém, Nureddin Nebati, ministro das Finanças da Turquia, afirmou antes do anúncio de quinta-feira que não haveria “retrocesso” na política de juros.

Nebati previu que a inflação ficará abaixo de 50% em abril. O Goldman Sachs, banco de investimentos americano, previu que a inflação subirá para cerca de 56% em maio e permanecerá próxima desse nível durante todo o ano.

 

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