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Iene está a caminho de alta semanal

Com as previsões de que as taxas de juros dos EUA estão se aproximando de uma alta, o iene do Japão subiu na sexta-feira e está a caminho de sua maior alta semanal em quatro meses em relação ao dólar. Isso ocorreu depois que dados mostraram na quinta-feira que a maior economia do mundo caiu inesperadamente em junho.

Dessa maneira, espera-se que as taxas de juros nos Estados Unidos atinjam o pico em dezembro deste ano, já que o Federal Reserve pretende reduzir as taxas de juros em 50 pontos base no próximo ano para apoiar a desaceleração da economia.

Além disso, o rápido declínio nas expectativas de alta das taxas tem sido um dos principais impulsionadores do enfraquecimento do dólar em relação ao iene. Assim, essa semana o dólar caiu quase 2,5% em relação ao iene japonês, sua pior queda semanal desde o final de março.

Apesar de uma retração recente, o iene foi a principal negociação short crescente no comércio diferencial de taxas de juros entre os Estados Unidos e seus pares globais, com apostas curtas de iene superando as médias históricas em US$ 5,4 bilhões.

Enquanto isso, o spread de rendimento entre os títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos e papéis semelhantes do governo japonês encolheram 70 pontos-base desde junho, com as preocupações de desaceleração do crescimento dos EUA e aumento das taxas de juros empurrando os rendimentos do Tesouro para baixo.

Ao mesmo tempo, o dólar dos EUA caiu amplamente em todo o mundo na sexta-feira. Para mais, o índice do dólar caminhou para uma segunda perda semanal. Assim, a moeda americana caiu 0,5%, para 105,680, seu nível mais baixo desde 5 de julho.

No entanto, o apetite ao risco foi restrito, com o euro lutando para se manter acima de US$ 1,02 por temores de uma recessão na zona do euro até o final do ano.

Já a inflação na zona do euro atingiu uma nova máxima em julho e seu pico pode estar a meses de distância, pressionando o Banco Central Europeu (BCE) a aumentar as taxas de juros novamente em setembro.

Além disso, o aumento dos preços ao consumidor nos 19 países da zona do euro subiu para 8,9% em julho, ante 8,6% no mês anterior, superando significativamente as previsões de 8,6% e bem acima do objetivo de 2 % do BCE, informou a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, nesta sexta-feira.



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