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Euro em queda após posição agressiva do BCE em Davos

Numa reviravolta dinâmica dos acontecimentos, o euro registou uma queda abaixo de 1,08500 na quarta-feira após uma posição agressiva da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em Davos. Esta mudança na trajetória veio em resposta ao robusto relatório de vendas no varejo dos EUA de ontem, que impactou momentaneamente o EUR/USD. Isto refletiu a força da economia dos EUA e moderou as expectativas de um corte imediato das taxas do Federal Reserve  (Fed).

Perspectivas de longo prazo da zona euro

A declaração decisiva de Lagarde no Fórum Econômico Mundial esclareceu que é improvável que o BCE inicie cortes nas taxas de juro na zona euro antes do verão de 2024. Apesar de uma perspectiva pacífica a longo prazo, com aproximadamente 130 pontos base (bps) de cortes nas taxas previstos pelo no final de 2024, isto contrasta com a trajetória mais pacífica das taxas de juros dos EUA. Uma sondagem da Reuters revela que 45% dos economistas preveem cortes nas taxas de juro na zona euro a partir de junho. O equilíbrio entre uma perspetiva pacífica e as expectativas do mercado continua a ser crucial para os traders que navegam no complexo cenário do euro em relação à libra.

Tendências do EUR/USD em meio aos relatórios dos EUA

O EUR/USD exibiu uma tendência ascendente nas sessões asiáticas e nas primeiras sessões europeias. O foco agora muda para relatórios críticos dos EUA, particularmente os pedidos iniciais de subsídio de desemprego e o índice industrial de Filadélfia. Uma forte indicação de um mercado de trabalho robusto nos EUA e de uma economia resiliente poderá empurrar o EUR/USD abaixo de 1,08700. Por outro lado, números inferiores ao esperado poderão impulsionar o par para cima, potencialmente ultrapassando 1,09300. A interação entre os dados econômicos e o sentimento do mercado acrescenta complexidade adicional à atual dinâmica do euro.

O impulso crescente do GBP

A libra esterlina (GBP) subiu 0,28% na sequência de dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) melhores do que o esperado. O IPC do Reino Unido, acelerando em dezembro pela primeira vez em 10 meses, subiu para 4,0%, ultrapassando os 3,9% de novembro. Este impulso inesperado atenuou as expectativas do mercado quanto a um corte antecipado das taxas do Banco de Inglaterra (BOE). Os dados do mercado de swaps de taxas de juro indicam que os traders estão agora a precificar pouco mais de 100 pontos base (bps) de cortes nas taxas em 2024, posicionando o BOE entre os bancos centrais menos pacíficos. A recuperação do GBP/USD permaneceu resiliente, apesar dos números positivos das vendas no varejo nos EUA, mostrando a força da libra.

Os mercados cambiais estão a navegar através de um cenário moldado pelos sinais do banco central e pelos indicadores econômicos. A taxa de recompra do euro demonstra resiliência face às orientações futuras do BCE. Ao mesmo tempo, a GBP recupera com base em dados robustos do IPC, desafiando as expectativas de um corte nas taxas do BOE. Manter-se informado e ágil torna-se fundamental à medida que os traders avaliam a intrincada interação entre o euro, a libra e o panorama econômico mais amplo. O caminho a seguir para ambas as moedas contém incertezas, mas a análise estratégica continua a ser fundamental para as empresas e os investidores que manobram através desta dinâmica cambial volátil. As taxas do euro continuam a ser um foco central, moldando as tendências de curto prazo e influenciando as perspectivas de longo prazo no mercado cambial em constante evolução.



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