El Salvador perdeu em sua aposta no Bitcoin
El Salvador se tornou o primeiro governo a reconhecer o Bitcoin (BTC) como moeda legal há mais de um ano.
Na opinião do cidadão Edgardo Acevedo, de 37 anos, o experimento nacional de criptomoeda foi bastante decepcionante, pois o BTC ainda não teve amplo uso. Além disso, Acevedo citou que poucos estabelecimentos em El Salvador aceitam Bitcoin e que poucos salvadorenhos desejam efetuar pagamento com dinheiro virtual.
Vale salientar que o Bitcoin perdeu quase 60% de seu valor desde o início do experimento. Além do mais, El Salvador continua tendo um fraco desenvolvimento econômico e um grande déficit orçamentário, e o uso de Bitcoin parece ser mínimo.
A relação dívida/PIB de El Salvador, que mede o quanto um país deve em comparação com o quanto produz, deve chegar a cerca de 87% este ano, levantando preocupações de que o país não conseguirá pagar suas dívidas.
Importante ressaltar que as obrigações da dívida interna e multilateral do país representam uma séria ameaça, em parte porque os maiores credores do mundo estão relutantes em emprestar dinheiro a uma nação que está apostando seu futuro em um dos ativos mais imprevisíveis do mundo.
Esperanças para a lei do BTC
Existiam grandes esperanças de que a Lei Bitcoin de El Salvador , que entrou em vigor em 7 de setembro de 2021, abordasse alguns problemas significativos sobre como os salvadorenhos transmitem, recebem e gastam dinheiro.
A lei permite o pagamento de contribuições fiscais em Bitcoin, listando preços em BTC ocasionalmente e excluindo as trocas da moeda do imposto sobre ganhos de capital.
Mais importante, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, enfatizou o potencial da lei para aumentar a inclusão financeira, o que não é uma façanha em uma nação onde mais de 70% da população não tem acesso a serviços financeiros convencionais.
Entretanto, 7 em cada 10 salvadorenhos não acreditam que a Lei Bitcoin melhorou a situação econômica de sua família, de acordo com uma pesquisa de opinião pública.