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O dólar americano atingiu uma nova alta na sexta-feira

O dólar americano subiu na sexta-feira e disparou para um pico de seis semanas contra uma cesta de seis principais moedas. 

Enquanto isso, vários relatórios mostraram que a economia dos EUA continua forte e essas notícias animaram os mercados. No entanto, os investidores acreditam que o Federal Reserve (Fed) pode continuar aumentando suas taxas de juros.

Na quinta-feira, dados mostraram que o número de cidadãos americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu consideravelmente na semana passada, uma dado inesperado. 

Além disso, outra fonte informou que em janeiro os preços mensais ao produtor subiram mais em sete meses. Consequentemente, o dólar subiu, enquanto o euro, a libra esterlina e o iene terminaram no vermelho.

Já o índice do dólar americano subiu 0,28% para uma alta de seis semanas de 104,44 em relação à cesta de moedas, marcando a terceira semana consecutiva de ganhos.

Ao mesmo tempo, a moeda comum despencou 0,34%, para US$ 1,0635 e  atingiu sua nova mínima em US$ 1,0632 no início da sessão, antes de se recuperar ligeiramente. Assim como, a libra esterlina caiu 0,32%, para US$ 1,1949.

Além de tudo, Tina Teng, analista de mercado da CMC Markets, observou que dados recentes mostram que a economia dos EUA ainda está bastante saudável. Então, provavelmente não entrará em recessão tão cedo. Como resultado, os traders agora estão cobrando taxas mais altas por períodos mais longos.

No início desta semana, dados mostraram que as vendas no varejo dos EUA foram robustas em janeiro. No entanto, a inflação persiste. Assim, os investidores temiam que o Fed tivesse que aumentar as taxas mais do que os analistas esperavam anteriormente. Porém, o problema é que poderia causar uma recessão se a economia americana não fosse forte o suficiente, entretanto, com os novos relatórios, esses medos foram dissipados.

Dólar australiano e o kiwi 

O dólar australiano, mais arriscado, caiu mais de 0,6%, para US$ 0,68325 hoje. Vale notar que a moeda estava em seu nível mais baixo desde 6 de janeiro, com os traders migrando para dólares mais fortes. 

Ao mesmo tempo, o dólar da Nova Zelândia também teve dificuldades e caiu para US$ 0,6216, atingindo a mínima de seis semanas.

Além disso, o dólar ganhou em relação ao iene japonês, acumulando 0,6% e chegou em uma alta de um mês de 134,815. No geral, o par USD/JPY ganhou cerca de 2,5% esta semana. 

Enquanto isso, as autoridades japonesas, finalmente, decidiram que o acadêmico Kazuo Ueda será o próximo governador do Banco do Japão (BOJ) e sucederá o atual governador em abril. Na sexta-feira, o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, afirmou que Ueda ajudaria a manter a inflação na meta, além de sustentar aumentos salariais e crescimento econômico. 

No entanto, Jane Foley, chefe de estratégia FX do Rabobank, observou que a tarefa mais importante do governador nomeado seria orientar o Banco Central a abandonar sua política ultra fácil. Porém, o BOJ não tem pressa em mudar sua postura.

Moedas emergentes

As moedas emergentes asiáticas continuaram sendo negociadas em um mercado de baixa hoje, entretanto, algumas delas começaram o ano com ganhos substanciais. 

Vale notar que à medida que o dólar sobe, a maioria das moedas dos mercados emergentes se move para o território vermelho.

Dessa maneira, na sexta-feira, o ringgit da Malásia foi o que mais sofreu, despencou 0,6% e quase atingiu a mínima de um mês. No geral, caiu 2,3% esta semana, experimentando sua queda mais acentuada desde o início da pandemia de coronavírus.

Enquanto isso, o dólar de Cingapura caiu 0,2% e a rupia indiana caiu 0,1%. Ambas as moedas atingiram seus níveis mais baixos desde 6 de janeiro.

Além disso, dois funcionários do Fed afirmaram hoje que a agência deveria ter aumentado as taxas de juros mais do que no início de fevereiro. Logo, esses comentários pesaram sobre o sentimento do investidor.

Já os Analistas do ANZ observaram que a recuperação nos mercados emergentes parou, pois os traders temiam que o Banco Central dos EUA continuaria a aumentar as taxas por um período prolongado. No entanto, os analistas acreditam que essas preocupações não são suficientes para que as moedas emergentes permaneçam no vermelho a longo prazo.

Por fim, na sexta-feira, o baht tailandês caiu 0,4%. Além disso, novos dados mostraram que a economia da Tailândia cresceu apenas 1,4% ao ano no período de outubro a dezembro, sendo que um declínio na manufatura e nas exportações causou tais inconvenientes. Como os economistas esperavam um aumento de 3,5% na comparação anual, entretanto, a economia contraiu na comparação trimestral, esta notícia surpreendeu os mercados e empurrou o baht para baixo.



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