Deslizamentos do dólar e euro acima da paridade

 

Na quarta-feira, o euro subiu, ficando um pouco acima da paridade com o dólar americano. Além disso, os investidores estão se concentrando nos dados dos EUA com vencimento no final da tarde, o que provavelmente mostrará a inflação em alta de 40 anos em 8,8% em junho.

Enquanto isso, os mercados de ações europeus estavam no vermelho e o índice do dólar caiu 0,2% no dia, a US$ 107,93. Já o euro estava sendo negociado a US$ 1,00595, alta de 0,2% no dia.

Entretanto, na terça-feira, o euro caiu para US$ 1,00005 na plataforma mais usada de negociação, Electronic Broking Services (EBS), enquanto atingiu brevemente US$ 1 nas negociações da Reuters.

Além disso, a inflação acima do esperado ampliaria as expectativas de aumentos nas taxas do Federal Reserve (Fed) e elevaria a moeda, potencialmente empurrando o euro-dólar para quebrar a paridade. 

No entanto, os traders estarão atentos aos sinais de que a inflação atingiu o pico, pois isso pode persuadir o Federal Reserve dos EUA a não ser tão agressivo em futuros aumentos das taxas.

Vale notar que o euro caiu cerca de 12% este ano e atingiu uma baixa de 20 anos na terça-feira. Isso ocorreu devido ao conflito na Ucrânia que produziu uma crise de energia e prejudicou as perspectivas de crescimento do continente.

Alemanha entra na segunda fase do plano de gás

A Alemanha avançou para a segunda etapa de um plano de gás de emergência de três níveis. Assim, o país alertou para uma recessão em caso de interrupção do fluxo de gás russo. 

Enquanto isso, a libra subiu 0,3% em relação ao dólar, sendo negociada a US$ 1,1923. Além disso, a economia britânica ganhou inesperadamente em maio, liderada por um aumento nas consultas médicas locais e crescimento em outros setores. Embora os serviços voltados ao consumidor tenham diminuído um pouco com a alta dos preços, a produção industrial da zona do euro subiu mais do que o previsto em maio.

Já o iene japonês estava um pouco mais baixo em relação ao dólar americano, sendo negociado a 137,02. Isso ocorreu após sofrer uma surra nos últimos meses como resultado da política monetária ultra fácil do Banco do Japão, que o deixou com um valor discrepante entre os principais Bancos Centrais globais.

Ao mesmo tempo, o dólar australiano, é considerado um barômetro líquido para o apetite ao risco, subiu 0,6%, a US$ 0,6795.