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Bolsas asiáticas sobem e China remove a taxa de juros 

 

As bolsas de valores asiáticas subiram na sexta-feira após Wall Street cair em uma área de urso. Além disso, a China cortou as principais taxas de juros. Sendo assim, a inflação do Japão aumentou e as referências de mercado foram promovidas em Xangai, Hong Kong, Tóquio e Sydney. 

Entretanto, a guerra da Rússia com a Ucrânia e a desaceleração econômica da China aumentaram a ansiedade dos investidores. Logo, o índice de referência caiu 18,7% em relação à alta de janeiro e o total está próximo da queda de 20% que define o mercado em baixa.

Segundo analistas, dado o aperto das condições financeiras, a realidade ainda pode ser mais desafiadora do que o esperado. Assim, o Shanghai Composite Index subiu 1,1% para 3.133,77 após o Banco Central da China cortar as taxas de juros dos empréstimos de cinco anos, facilitando as vendas fracas de casas, reduzindo os custos das hipotecas. A taxa de empréstimo de um ano, que afeta os mutuários comerciais, permaneceu inalterada. Isso indica que Pequim está tentando buscar uma mitigação direcionada. Consequentemente, incentivos em grande escala não são rentáveis.

Já o Nikkei 225 saltou 1,2% em Tóquio, para um total de 26.712,36, sendo que desde que o governo anunciou que a inflação em abril havia subido para 2,5% de 1,3 no mês anterior, esta foi a primeira vez desde 2008 que a inflação superou a meta de 2% do Banco do Japão.

O núcleo da inflação, que exclui novos alimentos e energia, subiu de 1,5% para 2,1%. Este é o nível mais alto desde 2015, permitindo aumentos de impostos. No entanto, é improvável que o Banco Central mude sua política de juros baixos, dada a fraqueza da economia.

Logo, de acordo com economistas, o PIB ainda não ultrapassa os níveis pré-virais, o crescimento salarial ainda é reduzido e isso não convencerá o Banco do Japão de que é necessária uma política monetária mais rígida.

Enquanto isso, os preços do petróleo caíram mais de US$ 1 o barril e o índice Wall Street S&P 500 perdeu 0,6% na quinta-feira.

Ações e preocupações asiáticas

Hang Seng ganhou 2% para 20.532. Já Kospi aumentou 1,7% para um total de 2.637,99 e o S&P-ASX 200 de Sydney subiu 1%, para 7.138,70. 

Vale notar que os mercados da Nova Zelândia e do Sudeste Asiático também cresceram. Contudo, o S&P 500 SPX caiu para 3.900,79 em Wall Street, o Dow caiu 0,8%, a 31.253,13 e o Nasdaq perdeu 0,3%, para 11.388,50.

Enquanto isso, os investidores estão monitorando o Federal Reserve (Fed) em busca de indícios de novos aumentos nas taxas de juros, para reduzir a inflação, que está em seu nível mais alto em quatro décadas. Logo, o presidente do Fed, Jerome Powell, informou esta semana que pode tomar medidas mais agressivas, se as pressões de preços não puderem ser reduzidas.

Além disso, os traders estão lutando com a economia chinesa depois que dados oficiais mostraram que a atividade de fábricas e consumidores em abril foi mais fraca do que o previsto. Isso devido ao combate da propagação do COVID, que fechou os centros industriais de Xangai e de outras cidades.

Já as ações de tecnologia dos EUA caíram na quinta-feira, uma grande parte da queda do S&P 500. Entretanto, os varejistas e outras empresas que dependem diretamente dos gastos do consumidor cresceram.

Logo, a Amazon adicionou 0,2% e a Expedia cresceu 5,3%. 

O dólar subiu para 127,85 ienes e o euro caiu para US$ 1,0565.

China e o setor imobiliário 

As ações chinesas fecharam em alta na sexta-feira. Isso aconteceu após os bancos chineses cortarem suas taxas de hipoteca de referência por uma margem inesperadamente grande, para revitalizar o setor imobiliário em dificuldades e manter uma economia em desaceleração.

Logo, o índice CSI300 subiu para 4.077,60, ou 2,0% no geral, e o Banco Central cortou as taxas de juros das hipotecas em 20 pontos-base no domingo, com base no prazo relevante das taxas principais para o primeiro empréstimo para compra de casa. Isso ocorreu pois a intenção e a mensagem dessas duas políticas coerentes são óbvias, Pequim quer salvar os mercados imobiliários.

Contudo, as incorporadoras caíram 1,4% com o corte da taxa, após ter um salto de 2,3% na sessão anterior. Já os produtores de álcool, mineradores de carvão e empresas de transporte saltaram pelo menos 4%. Vale notar que o presidente dos EUA, Joe Biden, pode conversar com seu colega chinês nas próximas semanas. 

Além disso, o Alibaba subiu 5,6%, dando o impulso mais significativo ao benchmark Hang Seng. As empresas de saúde cresceram 4,8%. Bem como, as ações financeiras cresceram 2,5% e a Wuxi Biologics que adicionou quase 8%, se tornando a mineradora percentual mais significativa no índice Hang Seng.

 



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