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Banco Central da Nova Zelândia assume postura “dovish” em meio a tendência de flexibilização monetária

O Banco Central da Nova Zelândia assumiu uma postura “dovish” com um corte de taxa de juros de meio ponto percentual, o que fez a moeda cair. A medida estava alinhada com a grande flexibilização da política mundial, que avançou em muitas partes do mundo.

O governador do Banco da Reserva, Arian Orr, supervisionou a flexibilização da taxa de câmbio oficial para uma nova mínima de 1%. Isso foi parcialmente motivado pelo lento crescimento econômico, que reduz a possibilidade de que a inflação volte – o que também é um objetivo do Banco Central. O governador indicou ainda que haveria mais flexibilizações e insinuações quanto ao uso de políticas não convencionais. Isso acontece mesmo quando a China e os Estados Unidos continuam com a guerra comerciai. O conflito econômico entre as duas maiores economias do mundo poderia piorar a perspectiva econômica global.

No ano passado, o crescimento econômico da Nova Zelândia desacelerou à medida que os ventos contrários ao crescimento foram aumentando. A inflação e o emprego diminuiriam em relação aos objetivos do Banco Central, em uma situação em que não há estímulo monetário adicional. Com o enfraquecimento da atividade econômica mundial, a demanda por produtos da Nova Zelândia continua caindo.

A maioria dos economistas estava esperando um corte de um quarto na Taxa Oficial de Juros (OCR). O dólar da NZ caiu surpreendentemente muito mais do que o dólar americano e continuou no mesmo caminho quando o governador sugeriu cortes de taxa futuros. Após a decisão, Orr também discutiu a probabilidade de taxas de juros negativas em uma coletiva de imprensa.

O valor da moeda

A moeda ficou em 63,99 centavos às 15h28 em Wellington, uma queda de 65,5 centavos pouco antes do comunicado. Isso também afetou o rendimento dos swaps, que caiu 20 pontos base para 0,77%.

A Nova Zelândia foi um dos primeiros países a cortar em maio deste ano e também se torna o primeiro em implementar uma redução de meio ponto percentual com a flexibilização atual. É também a primeira vez que o RBNZ corta taxas de juros de tal magnitude desde março de 2011, quando terremotos devastadores atingiram o país.

O corte foi uma surpresa para muitos, já que o RBNZ tenta assumir a liderança no atual ciclo de cortes nas taxas.

Além disso, a declaração de política veio sem orientação do Banco Central. Novas projeções indicam outro corte de taxa no ano que vem. As previsões mostram uma queda de 0,91% da OCR no quarto trimestre de 2020. Isso implica um viés de flexibilização e riscos negativos. As atas obtidas na reunião também foram menos transparentes sobre a necessidade das ações adicionais.

O crescimento anual da economia desacelerou para 2,5%, já que a confiança moderada das empresas afetou os investimentos. O sentimento fraco do consumidor e a queda nos preços dos imóveis também contribuíram para o crescimento econômico atrofiado. A prolongada guerra comercial entre os Estados Unidos e a China alimentou os temores econômicos e fez os preços dos lácteos caírem.

A previsão de crescimento é de que o PIB aumente para 2,7% de 2019 até março de 2020. Esse número é inferior à estimativa anterior de 3,2%, que também previa um crescimento de 3% até o início de 2021.

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