Apple tem novo recurso que não está disponível na China 

A Apple tem um novo recurso que dá aos usuários mais privacidade enquanto navegam na web. Porém, ele não estará disponível na China, um dos mercados mais importantes. Além de outros países. 

Na segunda-feira, a Apple revelou o novo serviço iCloud+ em sua Conferência Mundial de Desenvolvedores (WWDC). Um dos recursos incluídos é o “Private Relay”. 

Quando as pessoas navegam na Internet usando o Safari, dois servidores separados recebem seus dados para mascarar a identidade do usuário e os sites visitados. Como resultado, a Apple e o provedor de rede do usuário não conseguem ver esses dados. 

O sistema da empresa parece uma VPN – uma rede privada virtual onde os usuários podem rotear seu tráfego de Internet por meio de um servidor localizado em outro lugar do mundo. Desse modo, as pessoas conseguem mascarar sua atividade de navegação. 

Por sua vez, o Grande Firewall da China possibilita que as autoridades bloqueiem o acesso a sites de fora da China. Isso inclui, por exemplo, Google e Facebook. Como resultado, as empresas costumam usar VPNs para contornar os rígidos controles de internet da China.  

O uso de VPNs não autorizados para acessar sites bloqueados é considerado ilegal na China. Embora o Private Relay da Apple não seja uma VPN, ele atua de forma semelhante. 

Sob essa perspectiva, em 2017, a gigante da tecnologia dos EUA decidiu remover vários serviços de VPN de sua China App Store para cumprir os regulamentos locais. 

Há outros países que também não poderão usar o recurso da Apple 

Tim Cook, porta-voz da Apple, disse na WWDC que o Private Relay não poderia funcionar na China. Igualmente, outros países que não podem usar o recurso por causa das leis locais incluem Egito, Arábia Saudita, Bielo-Rússia e Uganda.  

Ademais, a Apple também não ofereceria Private Relay no Cazaquistão, Turcomenistão, África do Sul e Filipinas devido a razões regulatórias.