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Previsão para o mercado de petróleo em 2022

Após uma recuperação na demanda de petróleo e gás em 2021, o mercado está caminhando para 2022 com as mesmas incertezas sobre os preços e perspectivas a longo prazo à medida que os casos da Ômicron aumentam. Os traders continuam pressionando as empresas para diminuírem a emissão de carbono. Uma grande questão é se a demanda de petróleo e gás continuará se recuperando se empresas de energia limpa aumentarem no próximo ano.

Quanto mais nos aproximamos do final do ano, mais incertas se tornam as perspectivas para 2022. A Ômicron está causando preocupações nos governos da Europa. Além disso,  já começaram a intensificar as restrições ou impor novamente lockdown, como o caso da Holanda. O Reino Unido não está descartando medidas mais rígidas e muitos países estão aumentando restrições a viagens.

Petróleo

É difícil prever os preços do petróleo em condições “normais”. No entanto, as incertezas ligadas à pandemia tornaram isso ainda mais difícil. Atualmente, as previsões de preço estão em torno de US$70 por barril no próximo ano ou mais de US$100 por barril em 2022 ou 2023. 

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+) espera que a Ômicron tenha um impacto “leve e de curta duração” sobre a demanda de petróleo. A Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) prevê uma desaceleração temporária na recuperação da demanda devido à Ômicron. Porém, ela não presume uma demanda totalmente paralisada.

O JP Morgan previu que o petróleo poderia chegar a US$125 por barril no próximo ano. De outro lado, segundo Simon Flowers, presidente e analista-chefe da Wood Mackenzie (grupo mundial de consultoria e pesquisa de energia), é improvável que os preços do petróleo cheguem a US$100 por barril, pelo menos em um futuro próximo. Ele informou essa previsão em um post recente sobre os temas mais importantes referentes ao petróleo e gás em 2022.

Alguns analistas prevêem um inverno mais rigoroso no hemisfério norte que agravará a crise energética da Europa. Isso irá acabar com seus estoques de gás natural, que já estão reduzidos para esta época do ano. Cabe frisar que isso poderia aumentar a demanda por combustíveis usados para aquecimento, além do gás natural. Além disso, os combustíveis derivados de petróleo podem aumentar a demanda por esse ativo. 

Fim da crise

Uma onda de frio neste fim de semana elevou os preços da energia na Europa para novas máximas. Isso aconteceu após o desligamento de quatro reatores nucleares da França.

Os preços do gás natural são altamente instáveis e sensíveis ao fornecimento extra da Rússia. Todavia, é esperado que eles declinem na primavera, à medida que as temperaturas sobem. Mesmo após o término da temporada de inverno na primavera de 2022, os preços do gás na Ásia e na Europa permanecerão mais altos do que antes da crise. Isso ocorre devido a um mercado de gás mais escasso quando comparado ao que existia antes da pandemia.

Transição de Energia

A maior parte do investimento do Big Oil é em energia de baixo carbono. Porém, o aumento da capacidade da tecnologia eólica e solar desenvolvida pode diminuir devido aos custos mais elevados. Segundo o Wood Mackenzie, um superciclo potencial nos metais e um aumento contínuo nas empresas que usam energia limpa estão surgindo.

Segundo o Relatório Anual de Mercado de Energias Renováveis de ​​2021 da IEA, que inclui uma previsão para 2026, nos próximos cinco anos, o mundo exigirá o dobro da nova capacidade anual para conseguir atingir a emissão zero de carbono até 2050. No segundo trimestre, os custos fixos aumentaram em todos os segmentos de mercado, refletindo os desafios da cadeia de abastecimento.

 

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