Orçamento recorde do Japão busca estímulo
O parlamento japonês liberou um orçamento recorde de US$ 900 bilhões para o próximo ano fiscal nesta terça-feira. Além disso, abriu caminho para Fumio Kishida, primeiro ministro do governo do Japão, buscar outro pacote de gastos para apoiar famílias que sofrem com o aumento das contas de alimentos e combustível. Contudo, já no orçamento de 12 meses a partir de 1º de abril, Kishida está sob crescente pressão dos parlamentares do governo e da oposição. Essa tensão em cima do primeiro-ministro se dá devido a um novo pacote de estímulo, com intuito de aliviar o choque econômico causado pelo aumento dos impostos domésticos e a ameaça da crise na Ucrânia.
De acordo com um economista sênior do Dai-ichi Life Research Institute, os gastos direcionados para amenizar o impacto do aumento dos preços podem ser positivos para a economia. No entanto, a questão é como garantir gastos eficientes.
Economia do Japão
Com a aprovação do orçamento fiscal de 2022, o governo poderá considerar mais abertamente a probabilidade de um pacote de outros custos. Kishida disse na semana passada que o governo está pronto para tomar mais medidas que amenizem o aumento dos custos de energia.
Pouco antes do orçamento aprovado, o secretário-geral do partido indicou a necessidade de um novo estímulo. Enquanto isso, Yuichiro Tamaki, líder do partido de oposição, exigiu um novo pacote de estímulo no valor de 20 trilhões de ienes na sexta-feira, com a suposição de que o Japão já está passando por estagflação.
Assim, os custos adicionais provavelmente serão financiados pela emissão de títulos do governo. Nesse cenário, o crescimento econômico do país deve parar neste trimestre, pois as restrições do coronavírus e atrasos nas entregas ameaçam a recuperação. Além disso, a enorme dívida pública do Japão é o dobro de sua economia de US$ 5 trilhões. Isso limita a capacidade do país de aumentar os gastos fiscais para sustentar a economia.
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