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Nornickel aumentará produção de platina e paládio em 50%

A mineradora russa Nornickel estabeleceu uma meta para os próximos dez anos de aumentar a produção dos principais metais que extrai. Esses são o níquel, cobre e Metais do Grupo da Platina (MGP), especialmente platina e paládio.

Em particular, a mineradora russa pretende aumentar a produção de níquel em 15%, cobre em 20% e MGP em 50% até 2030 para garantir uma oferta suficiente a fim de atender à crescente demanda.

De acordo com as informações da empresa, o cumprimento desses objetivos de longo prazo será alcançado por meio de crescimento orgânico. Especialmente através do desenvolvimento da sua carteira de projetos futuros, sem a necessidade de adquirir ativos de outras empresas.

Para realizar essa expansão, a Nornickel dobrará seu investimento de capital, de US$ 1,7 bilhão para US$ 3.500 a 4 bilhões em 2022-2025. Por outra parte, de 2026 a 2030, o investimento de capital cairá abaixo de US$ 2 bilhões anualmente.

A mineradora planeja aumentar sua produção de níquel em 15% em relação aos níveis alcançados em 2019-2020. A meta é chegar a 250.000-270.000 toneladas em 2030 e nos anos seguintes. No mesmo período, espera-se aumentar a produção de cobre entre 15 e 20% para 490 mil a 530 mil toneladas.

Em relação à produção de MGP, a Nornickel não só espera aumentá-la entre 45 e 50% até 2030, mas também quer estabelecer uma meta entre 150 e 160 toneladas por ano.

Este ano terá um déficit no fornecimento de platina e paládio

Entre novembro de 2013 e o mesmo mês de 2020, o preço do paládio subiu 220%. É por isso que a empresa decidiu aumentar a produção de MGP em uma proporção mais significativa do que qualquer outro metal.

É claro que esse aumento do paládio permitiu que ele contribuísse mais do que o resto dos metais para a renda geral da mineradora russa.

Nos últimos sete anos, o percentual de receita da Nornickel com as vendas de paládio aumentou de 19% em 2013, para 39% em 2019. Em termos monetários, os benefícios gerados pelo paládio cresceram 143% entre 2013 e 2019, traduzindo-se para um aumento de US$ 2.200 para US$ 5.300 milhões.

Paládio e platina são os únicos do grupo de metais da empresa cuja oferta global está entrando em déficit este ano. No caso do paládio, seu déficit no final de 2020 permanecerá estável, em torno de 400.000 onças (12,44 MT). Enquanto isso, a platina passará de ter um superávit de 500.000 onças (15,55 MT) em 2019, a ter um déficit de 100.000 onças (3,11 toneladas).

A empresa espera que o mercado global de paládio se equilibre em 2021. Por sua vez, o mercado de platina voltará a uma situação de excedente. A previsão é que a oferta exceda a demanda em cerca de um milhão de onças (31,10 MT).

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