Zero emissões de carbono até 2050
Mais de 150 empresas e organizações líderes, incluindo grandes empresas petrolíferas e autoridades portuárias, pediram que a indústria de transporte global fosse totalmente descarbonizada até 2050.
Elas pressionam os governos para acelerar o pedido e alertam que o tempo está acabando.
Com quase 90% das mercadorias globais transportadas pelo mar, esse tipo de transporte contribui com quase 3% das emissões globais de CO2. O setor está sob crescente pressão para se tornar mais limpo.
A Organização Marítima Internacional (IMO, sigla em inglês), o órgão de navegação da ONU, declarou que busca reduzir em 50% as emissões de gases do efeito estufa (GEE) dos navios em relação aos níveis de 2008 até 2050.
Contudo, as organizações da indústria estão pressionando os governos a serem mais agressivos na ação.
As empresas e grupos dos setores de transporte, fretamento, finanças, esportes e produção de combustível dizem que regulamentos mais rígidos são necessários.
Isso garante que a indústria atenda às metas climáticas estabelecidas pelo acordo de Paris, que pretende diminuir o aquecimento global em 2 graus Celsius.
Fórum Econômico Mundial
O Fórum Econômico Mundial, o Fórum Marítimo Global sem fins lucrativos e outros parceiros formaram o projeto “Call to Action”.
Eles afirmaram que a descarbonização do transporte marítimo só poderia acontecer com a urgência e a escala exigidas se os governos e reguladores adotassem estruturas regulatórias adequadas.
Os legisladores têm uma chance histórica de acelerar esse processo instituindo um imposto global de carbono sobre os combustíveis navais para impulsionar a descarbonização.
A agência da ONU tem um plano de trabalho pela frente, incluindo uma discussão de medidas adicionais para reduzir as emissões dos GEE dos navios, permitindo aos Estados membros revisar a estratégia atual e propor novas metas.
Há o envolvimento da corporação em vários programas de pesquisa industrial para desenvolver tecnologias e combustíveis capazes de permitir que navios tenham emissão zero.
Foi anunciado pela Mediterranean Shipping Company (MSC) uma colaboração com a construtora naval Fincantieri e a empresa de infraestrutura de energia Snam para determinar as condições do projeto e construção.
Isso inclui a reorganização das salas dos navios para incorporar tecnologias de hidrogênio e células de combustível.
Também inclui identificar os parâmetros técnicos dos sistemas de bordo, calcular a potencial economia nas emissões de GEE e conduzir análises técnicas e econômicas do suprimento de hidrogênio e da infraestrutura em terra.
Células de combustível em navios movidos a GNL
De acordo com a MSC, as células de combustível têm um alto potencial para alcançar reduções consideráveis.
Esta empresa encomendou três navios movidos a Gás Natural Liquefeito (GNL). Além disso, está pesquisando a incorporação de células de combustível como uma possibilidade de obter mais economia.
O projeto de pesquisa e desenvolvimento da Blue Horizon integra a tecnologia Solid Oxide Fuel Cell (SOFC) a bordo de navios de cruzeiro movidos a GNL.
Renovação da tecnologia de célula de combustível
A MSC Cruises também se juntou com a GE Power Conversion, Lloyd’s Register e Ceres Power Holdings para verificar como anda a aplicação da célula de combustível em navios de grande porte.
O foco será examinar como as SOFCs podem ser integradas à funcionalidade operacional de um navio, incluindo a arquitetura, a propulsão e o layout de energia existentes, para quantificar o impacto da implementação da tecnologia SOFC em termos de redução geral de emissões.
Houve o financiamento do projeto por meio do UK Department of Transport’s Clean Maritime Demonstration Competition.
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