Voo da Ryanair é desviado para prender jornalista

No fim de semana passado, o desvio forçado de um voo da Ryanair terminou com a prisão de um dissidente bielorrusso que estava a bordo. Na segunda-feira, o presidente dos EUA Joe Biden pediu uma investigação internacional sobre o incidente.

Segundo o presidente, os EUA condenam a prisão de Roman Protasevich, o jornalista dissidente, e o desvio do avião. Biden afirmou que esse incidente ultrajante e o vídeo que Pratasevich provavelmente fez sob forte pressão são ataques à liberdade de imprensa e à dissidência política.

Por sua vez, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, também pediu uma investigação internacional imediata antes do anúncio do presidente. Desse modo, Psaki observou que desviar um vôo entre dois Estados membros da UE com o objetivo de prender um jornalista foi um ato chocante. Assim, constitui uma afronta descarada à segurança e liberdade internacionais por parte do regime.

O presidente dos EUA já pediu à sua equipe que desenvolvesse opções apropriadas para responsabilizar os autores do incidente. Juntamente com a União Europeia, bem como outros parceiros, aliados e organizações internacionais.

CEO da Ryanair chamou o desvio de sequestro patrocinado pelo estado

O CEO da companhia aérea Ryanair, Michael O’Leary, afirmou que parece que o intuito das autoridades era de remover um jornalista e seu acompanhante na viagem do avião. Ele acrescentou que a empresa acredita que também havia alguns agentes da KGB a bordo do avião.

O avião voava da Grécia para a Lituânia, mas um avião de caça bielorrusso o acompanhou após relatos de que havia explosivos a bordo. No entanto, nada foi descoberto. Em vez disso, o desvio terminou com a prisão do blogueiro da oposição, Roman Protasevich.

Vários líderes europeus já chamaram o incidente de “totalmente inaceitável” e planejam discutir uma resposta a ele ainda hoje. O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, anunciou que se tratava de pirataria de aviação patrocinada pelo Estado.