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A UE visa acordos com países para criar campos de gás

A Alemanha pediu aos Estados da União Europeia (UE) que colaborem com os países que podem desenvolver novos campos de gás. Dessa forma, levantou preocupações entre os ativistas sobre os compromissos de mudança climática da maior economia da Europa, enquanto luta para substituir o gás russo.

Os líderes da UE se reunirão para discutir novas medidas para domar os altos preços da energia e preencher a lacuna deixada pela queda no fornecimento de gás russo. Vale notar que Bruxelas informou que isso deve acelerar, em vez de retardar, a transição da Europa para a energia verde.

Enquanto isso, a Alemanha está correndo para encontrar alternativas aos combustíveis fósseis russos, incluindo aumento de energia renovável e importação de gás não russo. 

Já as exportações americanas de petróleo bruto para a França chegaram a zero pela primeira vez em quatro anos. Isso ocorreu pois os trabalhadores das refinarias francesas entraram em greve há mais de três semanas em protesto contra a inflação excessiva do país. Dessa maneira, a maioria dos sindicatos que participaram da greve acabou por chegar a acordos com a Exxon e a TotalEnergies. 

No entanto, um sindicato de esquerda radical persistiu em greve. Importante ressaltar que a greve causou grave escassez de combustível em toda a França e afetou outras indústrias, como a energia nuclear, que causou um atraso nos trabalhos de manutenção necessários.

Além disso, as greves também causaram uma redução de 70% na capacidade de refino da França, escassez de combustível em todo o país e racionamento efetivo, com os motoristas autorizados a encher seus tanques com quantidades limitadas de gasolina e apenas quando estavam vazios.

França envia gás para a Alemanha

Desde 13 de outubro, a França entrega gás para a Alemanha. Em troca, Berlim concordou em fornecer mais eletricidade para compensar o declínio da produção nuclear. 

Esse acordo inédito assinado no início de setembro pelo presidente francês e chanceler alemão foi apresentado como um passo concreto e um símbolo da “solidariedade energética” em ação na Europa para superar um inverno sem energia russa.

Ao mesmo tempo, a França importou aproximadamente 2.000 megawatts de eletricidade da Inglaterra, 2.200 megawatts da Bélgica e 1.000 megawatts da Espanha. 

O site Electricity Maps, que rastreia os fluxos de eletricidade em tempo real, informou que a França exportou 1.600 megawatts para a Suíça e 1.400 megawatts para o norte da Itália. Já a Alemanha exportou quase 2.000 megawatts para a Suíça enquanto recebia 477 megawatts da Áustria. Assim, o gás fluía simultaneamente entre França, Bélgica, Alemanha, Suíça e Espanha.

Embora o gás seja muito mais fácil de armazenar, o consumo da UE depende de alguns países, dos quais os mais importantes são Noruega, Argélia, Catar e Estados Unidos. Vale notar que o gás representou 21% do consumo final de energia em 2019, mas 90% deste foi dependente de fornecimentos externos.



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