Taxas de transporte de commodities estão aumentando

A demanda por commodities, da soja ao aço, aumentou. Como resultado, o preço do transporte de produtos secos subiu mais de 50% em 2020. A produção, que disparou pela primeira vez na China, agora está acelerando em outros lugares. Além disso, os países estão intensificando as compras de commodities. Isso com o intuito de reconstruir os estoques depois de esgotá-los durante os confinamentos. Os confinamentos afetaram as operações portuárias e prejudicaram a atividade econômica globalmente.

De acordo com analistas, o rali ainda não acabou. Eles dizem que as taxas para transportar commodities não embaladas devem permanecer altas este ano. E, possivelmente, mesmo até 2022. Por exemplo, produtos como grãos, minério de ferro e carvão. Essa é uma reviravolta severa para um mercado que caiu para uma baixa de quatro anos há menos de um ano. Ainda mais, essa mudança vem em meio a um suprimento apertado de navios.

Sob essa perspectiva, as importações da nação são massivas. Por conta disso, o custo de transporte de navios Panamax aumentou para o nível mais alto em mais de uma década.

Briga comercial entre Austrália e China traz mudanças no transporte de commodities

No segundo trimestre, haverá grandes embarques de milho dos EUA. Além disso, eles coincidirão com o aumento dos volumes de carvão. Esta última é outra das commodities que apoiou o aumento do custo do transporte de carga seca.

Por outro lado, uma disputa comercial entre Austrália e China deixou mais de 70 navios com mais de 8 milhões de toneladas de carvão encalhados no final de 2020. Por conseguinte, o fornecimento de navios diminuiu. Ainda que a situação tenha melhorado, aproximadamente 35 transportadoras permaneceram encalhadas. E, desse modo, indisponíveis para fazer novas viagens a partir do início desta semana.

É preciso mencionar que o carvão agora está viajando distâncias mais longas. Assim, a Austrália está enviando carvão para lugares como a Índia. Por sua vez, a China está comprando mais combustível de países como Colômbia e África do Sul. Isso também resultou em mais uso de navios Panamax em vez dos maiores navios.