TAXA DE CÂMBIO DO DÓLAR – A taxa de câmbio do dólar permaneceu praticamente inalterada nos mercados de Forex asiáticos, dado o nível de incerteza que atualmente persegue o dólar. Investidores cambiais e operadores deram um passo para trás, enquanto aguardam a conclusão da reunião do FED de 2 dias na quarta-feira e os relatórios da segunda parte da última rodada de negociações comerciais China-EUA.
No final do dia, segunda-feira (23h50 ET – 03h50 GMT), o índice do Dólar dos EUA se situou em 97.703, em torno do nível em que abriu o dia.
Entre as principais causas das incertezas do dólar está a reunião do FED em abril e maio, que deverá discutir se deve-se aumentar, cortar ou continuar mantendo as taxas atuais. O encontro ocorre apenas uma semana após a divulgação do relatório de dados econômicos dos Estados Unidos, que registrou um recorde da economia melhor do que o esperado para o primeiro trimestre. Alguns economistas acreditam que um desempenho econômico de rali é o suficiente para forçar a mão do Fed a reduzir as taxas.
Outros, como Michael Pierce, economista sênior da Capital Economics, no entanto, acreditam que o banco central está mais propenso a atuar em previsões e não em dados econômicos históricos. Ele argumenta que “o Fed está mais preocupado com a perspectiva econômica do que com o que aconteceu entre janeiro e março”. Acrescentando ainda que, embora a perspectiva econômica possa ser positiva, ao discriminá-la se mostra um quadro sombrio sobre o desempenho dos principais fatores econômicos, como a demanda doméstica que continua enfraquecendo.
Defensores da “paciência” sustentada sobre as taxas de juros do Fed argumentam que agir sobre as taxas de juros agora seria prematuro, dada a incerteza da direção das negociações China-EUA.
O diálogo entre EUA e China se arrasta
Após um ano de negociações de tarifas e sanções no valor de centenas de bilhões de dólares, a administração Trump e a equipe Xi Ji Ping da China ainda não chegaram a um acordo sobre os termos de comércio entre os dois gigantes econômicos. Mas o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, está confiante de que a parte difícil acabou e tudo o que resta é fechar um acordo e suspender as sanções ou chegar a um impasse. Antes de sair do país para a China na segunda-feira, ao lado do principal negociador do presidente Trump, Robert E. Lighthizer, para liderar a delegação de negociações, Mnuchin respondeu à questão de quão perto sua equipe está de fechar um acordo dizendo que “estamos chegando às últimas voltas”.
O encontro na China deve ser o segundo da série de conversações que se arrastaram por mais de oito meses, com a última sessão prevista para 8 de maio, quando a delegação chinesa se dirige aos EUA. Mnuchin está confiante de que “ambas as equipes têm o desejo de chegar a um acordo” e de que a equipe de negociação “fez muito progresso”. E enquanto ele não quis comentar sobre os desafios que permanecem sem solução, a questão da ameaça de sanção de Trump a todos os importadores de petróleo iraniano, que deve entrar em vigor em 1º de maio, fica ressaltada. A rodada de negociações e seus efeitos sobre a taxa de câmbio do dólar serão, portanto, interessantes, uma vez que a China já expressou sua frustração e desrespeito a essas sanções.
“A China se opõe de modo consistente às sanções unilaterais dos EUA”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, GengShuang.
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