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Saiba quem foi Qasem Soleimani!

A relação entre os Estados Unidos e o Irã não tem sido confortável desde 2018, ano em que o presidente dos EUA, Donald Trump, saiu de um acordo nuclear de 2015 com o Teerã. Esta saída foi considerada como o início de uma série de eventos que culminou no assassinato do maior general iraniano, Qasem Soleimani.

Mas quem era ele? E qual a sua importância para o Irã que fizeram surgir especulações de uma Terceira Guerra mundial que dominaram as discussões após a sua morte?

 

Juntando-se à Guarda Revolucionária

Soleimani não veio da realeza ou de uma família de prestígio do Irã. Após a Revolução Iraniana em 1979, ele se juntou à Guarda Revolucionária do país e passou toda a sua vida adulta servido ao grupo.

Entretanto, foi somente durante a Guerra Irã-Iraque (1980 – 1988) que ele subiu para uma posição de destaque. Em 1998, Soleimani se tornou o principal general da Força Quds.

A Força Quds é uma unidade de elite que é “análogo à CIA e as Forças Especiais combinadas.” Seu poder e influência, como também sua campanha e conquistas, fez com que ele ganhasse uma reputação.

E essa reputação não era nada menos que a segunda pessoa mais poderosa do Irã, logo ao lado do Líder Supremo.

 

Quds Force sob Soleimani

A Força Quds sob Soleimani não tem sido nada além de controversa, especialmente aos olhos dos Estados Unidos.

Relatos disseram que o governo do Irã usa a Soleimani para implementar metas de política externa. Soleimani liderou a Força e a usou para ampliar a influência do Teerã no Oriente Médio. Mas o que tornou Soleimani e sua Força Quds em algo tão importante no Irã foi seu envolvimento no conflito sírio, onde eles apoiaram as forças paramilitares que ajudavam na defesa da organização terrorista ISIS.

À luz dos acontecimentos recentes, não há nada além de antipatia entre o governo de Trump e o Irã e sua Força Quds.

O governo dos EUA acusou a Força de apoiar grupos terroristas no Oriente Médio, como o movimento Hezbollah do Líbano e o Jihad islâmico da Palestina.

Em abril de 2019, os EUA chamaram a guarda revolucionária como também as Forças Quds como uma “organização estrangeira terrorista.”

Desta maneira, Soleimani se tornou uma pessoa de caráter dúbio: por um lado, um líder militar poderoso, influente e respeitado em seu país e por outro lado, um líder terrorista acusado de arquitetar campanhas e missões que mataram cruelmente milhares de pessoas.

 

 

Resposta imediata à morte de Soleimani

Sendo uma figura extremamente importante no Irã, o sucesso dos EUA em matar Soleimani afundou drasticamente a relação já deteriorada entre os dois países.

Logo após as notícias do ataque por drone que matou o líder, o Irã prometeu “vingança dura.” O governo do Irã declarou dias de luto e disse que abandonaria o acordo nuclear de 2015. A reação imediata do mercado foi aparente: os preços do petróleo subiram logo após a escalada do conflito. Os pares de forex moveram-se de acordo com o fluxo das atualizações de ambos os lados. A resposta imediata à morte foi de tensão súbita e uma atmosfera sombria, com muitas potências mundiais pedindo para se abster de ambos os lados e uma desacelerada do conflito. Embora nem mesmo os especialistas estivessem certos se o conflito abrirá caminho para a Terceira Guerra mundial, o que se diz é que as pessoas temem e propõem tal cenário.

 

O que vem a seguir?

Como esperado, o Irã revidou, embora tenha levado dias após o assassinato. Em 08 de janeiro, o Irã lançou mais de doze mísseis balísticos nas bases militares do Iraque que abrigava tropas dos EUA.

Segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, o ataque foi de “autodefesa”.

“Não buscamos uma escalada da guerra, mas nos defenderemos de qualquer agressão”, disse Zari via Twitter.

Essa retórica sugere uma atitude equilibrada do Irã. Desde então, alertou os EUA que retaliaria ainda mais se os Estados Unidos respondessem ao último ataque.

Então o que vem depois? O tempo vai dizer.

A morte de Soleimani marcou uma escalada de um conflito entre duas superpotências. Se o pior acontecer, Soleimani, mesmo morto, terá aberto o caminho para uma terceira guerra mundial. Ou não.



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