
Rússia se aproxima de paralisação de gás na Europa
A gigante energética da Rússia, a Gazprom, ameaçou entregar menos gás para a Europa, mas a Alemanha, um dos maiores importadores do país, rejeitou a justificativa da empresa.
A Gazprom anunciou na segunda-feira que não poderia cumprir os compromissos de gás na Europa devido a circunstâncias imprevistas. Vale notar que o governo russo detém a maior parte da empresa.
Neste cenário, força maior é uma palavra que descreve quando circunstâncias imprevistas impedem uma das partes de cumprir suas obrigações contratuais, isentando-as de penalidades.
Dessa forma, autoridades na Alemanha e em outros lugares da Europa ficaram mais preocupadas com a probabilidade de um corte total no fornecimento de gás russo.
Além disso, essas preocupações foram aumentadas quando o Nord Stream 1, um gasoduto crucial entre a Rússia e a Alemanha, foi bloqueado no início deste mês para reparo, com alguns questionamentos de que seria totalmente restaurado assim que o trabalho fosse concluído em 21 de julho.
Antes de a Rússia atacar a Ucrânia, os países europeus recebiam mais de 40% de seus suprimentos de gás russo. Entretanto, os políticos europeus têm lutado para reduzir essa dependência, mas é um processo caro que levará tempo.
Convém ressaltar que a Comissão Européia, braço executivo da União Europeia (UE), anunciou novos acordos de gás com os Estados Unidos e o Azerbaijão enquanto busca novas fontes de combustíveis fósseis.
No entanto, como resultado de menos fluxos russos, os preços do gás na Europa aumentaram. Assim, preços mais altos significam que a Rússia pode exportar menos gás para a Europa e ainda ganhar o mesmo ou talvez mais dinheiro, sendo um “impacto compensatório”.
Além disso, o preço do gás no primeiro mês no hub holandês TTF, um padrão europeu para o comércio de gás natural, foi cerca de 1% mais alto na manhã de terça-feira, a 161 euros (US$ 164,6) por megawatt-hora. Vale lembrar que os preços aumentaram mais de 600% no ano passado.