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Renminbi Abaixo de 7: Aumenta a Guerra Cambial

A China deixou seu renminbi cair abaixo do nível psicologicamente importante de 7 em relação ao dólar dos EUA na segunda-feira. Isso levou a especulações de que o país asiático está usando sua moeda como uma arma para atacar Trump em meio à escalada da guerra comercial EUA-China.

A última vez que a moeda caiu para o nível abaixo de sete foi durante a crise financeira global de 2008.

O Banco Popular da China (PBOC), o banco central do país, culpou o “protecionismo comercial” pelo declínio da taxa de câmbio.

Na negociação ao meio-dia, a moeda caiu para 7,0267 por dólar.

Essa queda repentina da moeda gerou temores de uma plena guerra cambial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.

Renminbi Como Arma

Embora a medida por si só não altere drasticamente as relações comerciais da China com os EUA, a mudança poderá marcar o início de uma nova fase.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e outras autoridades americanas acusaram repetidamente a China de manipular sua moeda para ajudar seus exportadores.

A administração Trump aplicou bilhões em tarifas ao país asiático. Assim, é bem possível que a Casa Branca veja a queda do iuane como uma retaliação a essas tarifas.

Um ex-banqueiro que escreve sobre o sistema financeiro do país asiático concorda. Segundo ele, “é a retaliação silenciosa de Pequim”.

O governo chinês tem um controle rígido sobre o valor do renminbi. Como tal, o PBOC define um ponto médio em torno do qual o valor da moeda flutua.

Na segunda-feira, o banco definiu o ponto médio em 6,9225 por dólar. Se o banco central enfraquecer o ponto médio, a moeda terá mais espaço para cair.

Segundo outro analista, isso pode ser uma grande indicação de que Pequim armou a moeda. Ou seja, se a moeda permanecer abaixo de 7 mais um dia.

Um Renminbi Mais Fraco na Guerra Comercial

Em suma, um renminbi mais fraco significa que a indústria chinesa pode compensar o custo do aumento das tarifas. Além disso, Pequim também veria seu superávit comercial aumentar.

Na semana passada, Trump balançou os mercados financeiros depois que anunciou planos de tarifas de 10% sobre mais US$ 300 bilhões em mercadorias chinesas. As tarifas entrarão em vigor em 1º de setembro.

Se o renminbi cair mais, os EUA poderão reagir com tarifas mais altas. Isso pressionaria Pequim a tentar chegar a um acordo comercial com o Tio Sam.

No entanto, a decisão na segunda-feira pode sugerir que Pequim não veja mais nenhuma possibilidade de fechar um acordo comercial. No entanto, o PBOC tentou minimizar a importância de “sair do sete”.

Na Frente Econômica Chinesa

Em outra frente, um renminbi mais fraco também pode prejudicar a China.

Basicamente, Pequim corre o risco de ver chineses ricos transferirem seu dinheiro para fora do país. Isso é válido porque nenhum investidor quer manter investimentos em uma moeda enfraquecida.

Por sua vez, essa mudança poderia prejudicar o poder de compra dos consumidores chineses. Este não seria um cenário bonito para a China, que precisa urgentemente de um impulso no crescimento econômico.

Além disso, uma moeda mais fraca poderia pressionar as empresas nacionais e estrangeiras com dívidas denominadas em dólares.



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