Receios em relação a economia fornecem suporte e o ouro sobe
Preocupações com o desenvolvimento da economia ajudaram os preços do ouro a subir ligeiramente na terça-feira, embora os ganhos tenham sido contidos por um dólar forte e pela aproximação dos aumentos das taxas de juros.
Assim, às 05:01 GMT, o ouro à vista subiu 0,1%, para US$ 1.810,45 por onça. Já os futuros de ouro americano aumentaram 0,6%, para US$ 1.812,20.
Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management, explicou que embora estejamos presos na zona de US$ 1.790 a US$ 1.830, o ouro pode ser apoiado por temores de recessão e talvez o Federal Reserve (Fed) relaxe sua postura política à medida que o mercado gira em torno das preocupações com a inflação. Assim, vale notar que quando a economia está em queda, como durante uma recessão, o ouro é visto como uma reserva segura de valor.
O ouro permanecerá sob pressão?
Nos últimos meses, houve pressão sobre o ouro como resultado de grandes Bancos Centrais aumentando as taxas de juros para conter a inflação.
No entanto, o analista sênior da OANDA, Jeffrey Halley, afirmou que no geral a ação do preço do ouro ainda é inexpressiva, registrando uma série de máximas diárias mais baixas em relação ao mês anterior, sugerindo que a queda continua sendo mais fraca.
De acordo com Halley, o declínio geral nos rendimentos dos EUA parece estar adiando o inevitável declínio no preço do ouro não-produtivo. Entretanto, as taxas padrão do Tesouro dos EUA de 10 anos aumentaram marginalmente em relação à baixa de um mês de sexta-feira, com a retomada das negociações após o fim de semana prolongado do feriado do Dia da Independência. Contudo, as taxas permaneceram abaixo de 3%.
Já o dólar se manteve perto de um pico de duas décadas e continuou alcançando a demanda de clientes que detêm moedas estrangeiras por ouro com preço de dólar. Embora as recentes vendas tenham sido temperadas por dados econômicos encorajadores e sinais de diminuição das tensões sino-americanas, a maioria dos compradores ficou de fora devido a preocupações persistentes sobre uma recessão mundial e inflação altíssima.
Enquanto isso, a prata spot aumentou 1%, para US$ 20,16 por onça, o paládio aumentou 1,1%, para US$ 1.943,16, e a platina diminuiu 0,4%, para US$ 882,50.
