Receio de uma segunda onda do coronavírus afeta Petróleo
O petróleo enfrentou a primeira perda semanal desde o final de abril. O medo de que uma segunda onda do surto do coronavírus possa interromper uma recuperação fraca está levando os preços do petróleo para baixo.
O WTI fechou em US$ 36,58 por barril e o petróleo Brent fechou em US 38,90. Nesta semana, o contrato caiu 7,3%.
Recuperação da crise do coronavírus será lenta
Embora a Opep e seus aliados tenham concordado em estender os cortes na produção recorde, o sentimento do mercado se tornou negativo nesta semana. O Federal Reserve afirmou que o dano causado pela pandemia do coronavírus será prolongado. O caminho para a recuperação será longo. Os estoques do país alcançaram níveis recordes. O banco espera agora que o PIB do país caia 6,5% em 2020.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Federal Reserve está frequentemente errado, prometendo um excelente terceiro e quarto trimestre.
Após sua reunião de política monetária de dois dias na quarta-feira, o Fed divulgou sua primeira perspectiva da era da pandemia. Os dados pareciam apoiar as sombrias projeções do Fed, com as reivindicações iniciais de desemprego mais do que duplicando do seu pico na Grande Depressão.
Um segundo aumento
De acordo com Karl Healing, chefe de estratégia de mercado da LBBW, a segunda razão para o declínio de quinta-feira é que o mercado decidiu se interessar pelo aumento nos casos de contaminação por coronavírus fora do nordeste dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos tiveram mais de 113.000 mortes pela pandemia e mais de 2 milhões de pessoas infectadas. No Texas e na Carolina do Norte, o número de pacientes hospitalizados aumentou no mês passado.
Segundo Healing, é difícil dizer se é um aumento real no número de casos, porque, ultimamente, mais pessoas estão realizando testes.
No entanto, o secretário do Tesouro Steven Mnuchin disse que, no caso de uma segunda onda do coronavírus, os EUA não voltariam a encerrar sua economia. Fechar a economia está criando mais danos, afirmou Mnuchin.
As medidas de contenção implementadas pelo governo federal e pelos estados para impedir a disseminação do coronavírus afetaram gravemente a maior economia do mundo. Eles tiveram dezenas de milhões de demissões desde meados de março e uma taxa de desemprego de 13,3% em maio.
O petróleo caiu 8,2% na quinta-feira. Esse foi o declínio mais acentuado desde abril, quando os preços do WTI caíram para um nível recorde.
O Barclays Plc prevê que o mercado de petróleo já tenha visto a melhoria mais rápida na demanda e uma queda acentuada na oferta. Qualquer recuperação é suspeita de ser desigual.
