Queda dos preços do petróleo apesar dos cortes da OPEP+

Os preços do petróleo caíram apesar dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e da guerra na Ucrânia em meio à crescente instabilidade econômica.

Ao mesmo tempo, novos dados da China mostraram que a atividade manufatureira no maior importador de petróleo do mundo diminuiu em março, desafiando as expectativas de outra expansão.

O recente colapso do First Republic Bank também alimentou o sentimento negativo. Além disso, os sinais do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que outro aumento da taxa de juros está chegando esta semana, enquanto o banco central dos EUA continua sua luta bem-sucedida contra a inflação, também influenciaram o mercado.

Em um sinal mais preocupante, a demanda por diesel nos EUA está diminuindo. Até agora, as inadimplências foram evitadas com sucesso e não há razão para que este ano seja excepcional. 

A produção de gás na Rússia diminuiu

O nível de produção de gás na Rússia caiu 10% este ano, chegando a 180 bilhões de metros cúbicos (bcm, sigla em inglês).

A Gazprom e a Gazprom Neft reduziram a produção em 18%. Dessa maneira, o fornecimento para a China ainda não igualou suas exportações pré-guerra para a União Européia.

A Lukoil refletiu uma queda na produção de gás de 3% para 14%. Enquanto isso, a Rosneft ganhou 70% a mais de volume de gás a 19 bcm e a Novatek 1% a mais a 20 bcm.

Um especialista do setor mencionou que o aumento na produção de fabricantes independentes é bom, apesar da queda acentuada nas exportações e da fraca demanda doméstica.

Além de tudo, a produção de gás da Rússia diminuirá dos 673 bilhões de metros cúbicos do ano passado para 630 bilhões de metros cúbicos até o final deste ano.

Por fim, em uma conferência sobre o Mar de Barents na semana passada, o Ministro de Petróleo e Energia da Noruega pediu às empresas de petróleo e gás que cumpram suas responsabilidades sociais e não deixem mais recursos de gás natural no Mar de Barents.