Qualcomm coloca segurança da nação em risco

A apelação da Qualcomm sobre uma sentença que declarou que a gigante dos chips é um monopólio, está sendo analisada com cuidado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. E a razão para a apelação no tribunal se deve à segurança nacional e às lideranças do 5G. Como resultado, o governo quer autorizar que a Qualcomm adie a renegociação de seus contratos de licenciamento.

Na terça-feira, o Departamento de Justiça apresentou um amicus breve ao Tribunal de Apelações dos EUA do Nono Circuito. Eles solicitavam que o júri concedesse um indulto à Qualcomm. Antes do pedido, a gigante das telecomunicações solicitou na semana passada que o tribunal de apelação concedesse uma suspensão das sentenças ordenadas pela juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Lucy Koh, em maio. Isso foi após a declaração de que o provedor de chips wireless era um monopólio.

Na época em que o caso foi submetido ao processo de apelação, a empresa afirmou que a execução das reparações é inevitável. Além disso, ela pode mudar seu modelo de negócios.

As reformas continham a renegociação de acordos de licenciamento anteriormente fechados com fabricantes de celulares, como a LG, e a autorização de patentes wireless para fabricantes de chips concorrentes. Além disso, a empresa se submeteria ao monitoramento da Comissão Federal de Comércio (FTC). E enquanto o caso está em andamento através do processo de apelação, a Qualcomm quer adiar as injunções temporariamente.

O Departamento de Justiça dos EUA

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos mostrou seu apoio à Qualcomm na terça-feira. Além disso, Max Everett, diretor de TI do Departamento de Energia dos Estados Unidos e Ellen Lord, a subsecretária de Defesa para Aquisição e Manutenção apoiaram o pedido da empresa.

De acordo com o Departamento de Justiça, a Qualcomm tem grandes chances de ganhar a apelação, o que anulará a decisão de maio. Além disso, a juíza Koh interpretou mal o precedente da Suprema Corte e a sentença ordenada não tem precedentes.

O Departamento de Justiça declarou: “A decisão do tribunal distrital ameaça a competição, a inovação e a segurança nacional”.